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A questão da contratação de médicos estrangeiros

O governo federal acaba de lançar um amplo programa que permitirá a contratação de médicos estrangeiros para atuar nas regiões mais carentes do país, além de ampliar os investimentos na construção de novas unidades de saúde.
O debate em torno do assunto não pode ser contaminado pela pressão que vem das ruas. Ele tem nuances extremamente delicadas e diz respeito à vida humana, nosso bem mais precioso.
De um lado, a maioria dos médicos brasileiros entende que seria desnecessária a contratação de colegas estrangeiros porque, apesar do déficit reconhecido por todos, o risco que isso representaria para a população seria enorme, já que estes profissionais poderiam não se adaptar às necessidades do país.
De outro lado, políticos e uma minoria dos profissionais médicos defendem com unhas e dentes a entrada de estrangeiros para trabalhar no país, argumentando que as necessidades são urgentes e não podem esperar pela formação oferecidas nas universidades brasileiras.
Há que se considerar os dois argumentos. Chegar-se-ia então a um consenso: permitir que os estrangeiros trabalhem no país deve ser uma decisão pensada e devidamente transformada em regras claras, que passam necessariamente pela validação do diploma desses profissionais.
Isso poderia debelar o debate, cada vez mais acalorado e eivado de acusações de parte a parte. Os contrários dizem que os políticos querem votos, vão usar os médicos estrangeiros para isso nas regiões mais pobres e também afirmam que o Partido dos Trabalhadores teria um acordo com o governo cubano para trazer da ilha a grande maioria dos profissionais, amenizando a crise financeira que aquele país atravessa.
Os favoráveis acusam os médicos de estarem tão somente protegendo o mercado e jogando contra um aumento imediato da concorrência, que seria gerado pela chegada de milhares de profissionais de fora.
O Brasil espera que ambas a partes cheguem a um consenso e que saia ganhando o povo que realmente precisa de assistência.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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