9 de dezembro de 2024

Amazônia, os atalhos da prosperidade sustentável

O imperativo da Economia Verde, os apelos em verso e prosa dos atores regionais, começam a fazer sentido na definição da economia mais coerente do ponto de vista da biodiversidade pujante que descreve a Amazônia, seu bioma e suas oportunidades de superar a pobreza com inteligência, visão de sustentabilidade e a caminho da prosperidade regional.

Por Nelson Azevedo – Coluna Follow-up 12.10.22(*)
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Quais são os grandes desafios para 2023? Esta é uma questão importante que tem sempre uma vinculação com o fator imprevisibilidade na história recente da economia do Amazonas. Os desafios, nós já sabemos, são os de sempre na rotina corporativa no Polo Industrial de Manaus. Entre eles, estão os mais delicados, e que remetem à interlocução com o poder público para postular a segurança jurídica que a Lei nos confere e, com amparo da qual aqui aportamos.  Ou seja, gerenciar as intervenções frequentes que enfrentamos desde sempre com as incompreensões do que devemos ou não podemos produzir. Lembrando que a Constituicao só impede 5 itens do recebimento de benefício fiscal: armas e munições, perfumes, bebidas alcoólicas, cigarros e veículos de passeio.

Adesão da opinião pública

No que diz respeito ao fator surpresa, que tem nos obrigado a gerenciar malabarismos para gerenciar seus riscos e estragos, competiria a todos nós uma mobilização inteligente – diria inadiável e promissora – de convidar a opinião pública para o nosso lado, oferecer condições, informações e convencimento sobre o que fazemos. Este seria o mais precioso argumento de sustentação e respeito ao que fazemos para gerar empregos, tributos e contribuições robustas ao tecido social e à proteção florestal. A ideia da Suframa de abrir as portas da autarquia e das empresas passa por aí e é merecedora de atenção e adesão.

Capital e trabalho

Conquistar a adesão e a atenção da opinião pública, tanto local como nacional, utilizando os instrumentos de comunicação digital disponíveis – podemos afirmar – é o desafio mais intrigante para o setor privado. E para começar poderíamos convidar, como parceiros desta jornada, nossos colaboradores, a força de trabalho que dá suporte e pujança socioeconômica à malha industrial de Manaus. Capital e trabalho mirando direitos, apoio e adesão

Quem conhece cuida

Tudo seria diferente, se os mais de 500.000 colaboradores diretos e indiretos das indústrias instaladas no Amazonas conhecessem a história do programa ZFM. Poderíamos começar desde o apogeu e o esvaziamento do I e do II Ciclo da Borracha, seus percalços e conquistas, a trajetória de nossos pioneiros e seus respectivos legados. E, a partir dessas informações contadas de todas as formas disponíveis de comunicação, começassem a debater este programa da redução das desigualdades que ainda perduram entre Norte e Sul do país. Quem conhece cuida.

De onde vem os benefícios?

Ficará facilitada nossa tarefa, pois se trata de um tema extremamente atual e vital para a vida de todos nós: o cuidado e atendimento das necessidades de nossas famílias. Na familia, na escola, desde o ensino fundamental à academia, devemos aproveitar a oportunidade de mostrar a todos o representa a ZFM, os benefícios que ela oferece em todos os níveis e setores da vida social, e o que seria de nosso estado sem a geração de recursos e postos de trabalho que oferece para a população.

Segurança jurídica e social

Muitos de nós já fizemos a experiência adversa das grandes crises que ameaçam a sobrevivência social, reduzem os empregos e espalham a escassez, a insegurança e o medo. Essa é a hora reafirmar os direitos constitucionais de nossa economia, levantar as bandeiras de acolhimento e respeito a este amontoado de acertos, benefícios e avanços chamado Zona Franca de Manaus. Assim será mais fácil dar a conhecer, a quem interessar possa, ou a quem toma decisões que envolvem nossos interesses, para que a segurança jurídica, institucional, empresarial, social e urbana seja asseguradas.

Bioeconomia: a diversificação da ZFM

Vale, ainda, ressaltar outra iniciativa inovadora dos atuais gestores da Suframa, uma autarquia indutora do desenvolvimento e da sustentabilidade regional da Amazônia Ocidental e o Estado do Amapá. Estão reabertas as inscrições para interessados no papel de multiplicadores em Bioeconomia para toda a Amazônia Legal. O setor responsável pelo desafio é a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC e os destinatários são os institutos de ensino envolvidos com o tema. 

Enfim, o imperativo da Economia Verde, os apelos em verso e prosa dos atores regionais, começam a fazer sentido na definição da economia mais coerente do ponto de vista da biodiversidade pujante que descreve a Amazônia, seu bioma e suas oportunidades de superar a pobreza com inteligência, visão de sustentabilidade e a caminho da prosperidade regional. Ou temos outro desafio mais oportuno para diversificar, adensar e regionalizar- jamais substituir – a economia do Polo Industrial de Manaus? Recursos são robustos e os temos recolhido histórica e generosamente aos cofres da União Federal.

(*) Nelson Azevedo é economista, empresário e presidente do Sindicato da Indústria Metalúrgica, Metalomecânica e de Materiais Elétricos de Manaus, conselheiro do CIEAM e vice-presidente da FIEAM. 

A Coluna Follow-up é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, no Jornal do Comercio do Amazonas, sob a responsabilidade do CIEAM e coordenação editorial de Alfredo Lopes, consultor da entidade e editor geral do portal BrasilAmazoniaAgora. 

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Nelson Azevedo

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