27 de julho de 2024
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Ucrânia – Relações de Poder, Reflexos da Guerra e Comunidade no Brasil

Muito tem se falado acerca da guerra da Rússia contra a Ucrânia, com imagens lamentáveis e estarrecedoras, frutos de um conflito sério e de consequências ainda imensuráveis. É certo que todo o processo bélico gera muitas vítimas, onde a maioria delas é formada de pessoas inocentes, que não foram os decisores dos conflitos existentes. Sabemos que o Brasil é, em sua maior parte, um país miscigenado e multicultural, que tem a sua população formada por diversos povos. Uma Nação pacífica, que sempre recebeu de braços abertos todos os imigrantes que aqui chegaram; tanto é assim que temos diversas comunidades de estrangeiros muito bem-estruturadas e que se estabeleceram em localidades com boa parte da população formada por eles mesmos e seus filhos, conservando dentro do território brasileiro a cultura e as práticas típicas de suas origens. E com a Ucrânia não foi diferente. Acredita-se que o Brasil abrigue a maior comunidade ucraniana da América Latina. Com a maioria localizada no Paraná, estima-se que há entre 500 mil e 600 mil ucranianos e seus descendentes no País.

A cidade de Curitiba apresenta o maior quantitativo de imigrantes ou descendentes, com cerca de 55.000 pessoas. Contudo, de maneira proporcional, o lugar com a população formada majoritariamente por cidadãos com raízes familiares com a Ucrânia é a cidade paranaense de Prudentópolis, que tem, em média, 75% de sua população ligada a este país. No corrente mês, especificamente em 24 de agosto, é comemorado o Dia Nacional da Comunidade Ucraniana no Brasil e isso nos traz a oportunidade de uma profunda reflexão sobre o que está ocorrendo naquela nação. Apesar do conflito russo-ucraniano estar vivendo o seu ápice no ano de 2022, esta guerra teve início em fevereiro de 2014, com o envolvimento da Rússia, de forças pró-russas e da própria Ucrânia. Essas tensões começaram a acentuar-se pela ocasião da posse e domínio da península da Criméia e de porcentagens do território de Donbas, que são internacionalmente reconhecidas como partes do território ucraniano. 

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano, depois de uma sequência de tensões que se iniciaram meses antes da guerra propriamente dita começar, com tropas russas invadindo diversas partes ucranianas, bombardeando e sitiando estratégicos pontos do país. Entre os motivos que conduziram a este cenário no Leste Europeu estão a maior aproximação que a Ucrânia passou a ter com organizações como a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a União Europeia. E justamente essas novas relações multilaterais da Ucrânia compõem o estopim para o estremecimento do vínculo histórico deste país com a diplomacia russa, levando em conta o elo de gerações entre ambas as nações, como por exemplo, quando houve a incorporação da Ucrânia à União Soviética no passado, com o advento da Guerra Fria na segunda metade do século 20 e com o próprio domínio sobre a península da Crimeia.

É fato notório que uma guerra é sempre prejudicial a milhares e milhões de pessoas, especialmente inocentes; com reflexo em muitas vidas, inclusive de outras nações; pois em um mundo globalizado como o nosso, quando há um problema conjuntural em um local, isso reflete direta ou indiretamente em muitos outros lugares, podendo trazer graves consequências, principalmente nas áreas econômica, social e alimentar. Um grande exemplo disso foi o aumento severo nos preços de produtos e mercadorias em nossa pátria, de forma que os combustíveis e os alimentos tiveram seus valores reajustados de forma acentuada, prejudicando principalmente os consumidores finais, que sentiram forte impacto no orçamento. Ou seja, é imperativo que, acima de tudo, as diplomacias nacionais em geral procurem continuamente o caminho do diálogo, por meio de negociações pacíficas e de entendimento mútuo (sempre que possível) entre os estados nacionais, pois vimos e temos visto o quanto uma luta armada tende a ser nefasta nos mais diversos sentidos e aspectos das partes envolvidas e também para os demais, ultrapassando fronteiras e vitimando especialmente os mais vulneráveis.

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