27 de julho de 2024
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Trump+mito+Covid-19 = 437 a 730 mil mortos

O artigo aborda os motivos pelos quais Trump e Mito são co-responsáveis pela morte de até 730 mil pessoas durante a pandemia.

Segundo o worldometers <https://bit.ly/3dpMErI>, os EUA e Brasil (até as 9h20 do dia 25/08/20) somavam 296.632 (181.181 + 115.451) mortos por covid-19, o que representa 36,27% do total de casos fatais em 215 países do planeta.

Como já foi escrito nos artigos anteriores, o Centro de Modelagem Matemática de Doenças Infecciosas (CMMDI) da London School of Hygiene & Tropical Medicina <https://bit.ly/30N6qtj> publica periodicamente um relatório contendo estimativas de % de casos sintomáticos notificados em países com mais de dez mortes. Esse % aponta o quanto o valor oficial divulgado representa em relação ao total de casos reais existentes em cada país.

Segundo o CMMDI, esse percentual médio evoluiu: a) nos EUA: 30/4 (13%), 19/5 (25%), 28/5 (34%), 02/6 (35%), 21/6 (51%), 24/7 (78%), 04/8 (84%) e 18/8 (73%),  uma média neste período de 49,13%. Se usarmos a média, o número de casos fatais nos EUA pode ser de até 368.779. Se for usado o último valor (73%), este número seria de até 248.193 falecidos durante os 218 dias de enfrentamento da pandemia; b) no Brasil: 30/4 (15%), 19/5 (7,6%), 28/5 (19%), 02/6 (26%), 21/6 (32%), 24/7 (41%), 02/8 (57%) e 18/08 (58%), o que daria uma média de 31,95%. Se adotarmos a média (31,95%), o número de casos fatais no Brasil pode chegar a até 361.349, caso seja usado o último valor (58%), este número poder ser de até 199.053 falecidos durante 183 dias (35 dias a menos que os EUA).

Na melhor das hipóteses, até ontem, EUA e Brasil somam um número real estimado de 447.246 casos fatais, e na pior das hipóteses, esse número chegaria a até 730.128 mortos, equivalente à queda diária de 858.974 Air Bus A380 lotados cada um com 850 passageiros. 

Quando analisa-se o número estimado de mortos (adotando a média) por milhão de habitantes ao longo dos 180 dias (6 meses), o valor para o Brasil é de 9,3466, muito acima do valor dos EUA (4,8986), ou de países modelos em proteger e salvar vidas no planeta: 1o) Vietnã (0,0); 2o) Taiwan (0,0033); 3o) Tailândia (0,0060); 4o) China (0,277); 5o) Malásia (0,0234); 6o) Cingapura (0,0273); 7o) Austrália (0,0353); 8o) Coreia do Sul (0,0445); 9o) Nova Zelândia (0,0495); e 10o) Eslováquia (0,0518).

Ora se os dez países acima (até dia 25/08: Vietnã 27 mortos em 216 dias; Taiwan=7; Tailâdia=58; China=4634; Malásia=125; Cingapura=27; Austrália=525; Coreia do Sul=310; Nova Zelândia=22; Eslováquia=33 casos fatais) foram capazes de proteger e salvar os seus cidadãos, por que os EUA e o Brasil não conseguiram? há várias respostas, porém, ressalto duas cruciais, a qualificação e liderança exemplar do líder da nação.

Por exemplo, o Primeiro Ministro do Vietnã, o melhor país do planeta no combate à Covid-19, é o economista Nguyen X. Phuc, com longos anos de experiência comprovada em gestão pública (Qualificação). Em parceria como o Ministro da Saúde, o PhD Nguyễn T. Long, com ampla experiência em doenças infecciosas, formam a dupla considerada o cérebro pulsante do sucesso vietnamita contra a pandemia, a partir da adoção imediata de centenas de medidas bem antes da OMS declarar a pandemia. Ambos usaram sua liderança exemplar para convencer cada cidadão de que era um soldado para lutar contra o vírus.

Por outro lado, os Presidentes dos EUA e Brasil têm sido apontados pela academia e imprensa internacional como os piores do planeta durante a pandemia. Ambos os países lideram com muita folga a quantidade total de casos fatais e têm em comum dois presidentes desagregadores, eleitos com ajuda do estrategista em disseminação de fakes Steve Bannon (dono da falida Cambridge Analítica, pivô de escândalo com Facebook), o qual foi preso na manhã da última quinta feira, acusado pelos promotores dos EUA de ter aplicado fraude milionária contra doadores de um fundo chamado We Build the Wall (Nós Construímos o Muro).

Escrevi um artigo científico que será publicado em breve em revista internacional, apontando os comportamentos parecidos adotados pelo Trump e Bolsonaro durante a pandemia e que estão contribuindo decisivamente para a morte de milhares nestas nações, a saber:

1o) ignoraram os alertas e conselhos dados no início do ano por cientistas, OMS, e serviço de inteligência;

2o) atacaram a OMS;

3o) não seguiram o protocolo de segurança contra a Covid-19 (uso de máscara, distanciamento social, quarentena, etc) gerando um coletivo de desobedientes, doentes e mortos;

4o) divulgaram mais de quinhentas notícias distorcidas ou fake news sobre a covid-19;

5o) divulgam e forçam o uso de hidroxicloroquina e cloroquina como tratamento contra a covid-19, sem nenhum respaldo científico comprovado, mas com objetivo econômico, uma vez que Trump e seus doadores bilionários têm ações em empresa que produz esses medicamentos, sem contar que o Mito também têm aliados que estão enriquecendo muito com a produção e venda das substâncias para esses medicamentos;

6o) sem iniciativa ou liderança para agir de forma rápida para unificar e preparar cada nação contra a pandemia.

No artigo a ser publicado, cada um desses comportamentos tem embasamento documental. Por exemplo, em relação ao comportamento de mentir para a população com uso de fake news e informações distorcidas, cito alguns exemplos vindos da CNN, D.D. e T.S. (2020), Statista (2020), Paz (2020), Ricard and Medeiros (2020). Para ilustrar, segundo a Statista (2020), <https://bit.ly/3aJvaWx>, o presidente Jair Bolsonaro, entre janeiro e julho de 2020, disseminou um total de 565 fake news ou informações distorcidas sobre a covid-19: 1 em janeiro; 4 em fevereiro; 99 em março; 118 em abril; 83 em maio; 160 em junho e 100 em julho.

Finalmente, é na crise que reconhecemos grandes líderes, homens ou mulheres que pelo bom exemplo conseguiram influenciar positivamente sua comunidade, cidade, estado ou nação. Do mesmo modo, é na crise que a história descortina os piores líderes, então ontem a matemática mostrava que Trump+Mito+Covid-19 = 437 a 730 mil mortos, e pelo andar da carroagem, entrarão nos anais da história como os piores presidentes do planeta, co-responsáveis pela morte de mais de um milhão de vidas durante a pandemia, muitas das quais poderiam ter sido salvas se tivessem adotado uma liderança exemplar, em parceria com a OMS, os Ministros, o Congresso, os Governadores, a Imprensa, as Universidades, as Forças Armadas, Empresas e Sociedade Civil Organizada.

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