27 de julho de 2024
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Saudades da minha 12 x 8

Muita calma, parceiros de Clubes de Tiro e demais amantes de armas de fogo e que prezam pelo sagrado dever de defender a própria vida e seu suado patrimônio, contra o terrorismo imposto pela vagabundagem, travestida de “vítimas da sociedade”. Não é sobre a Arte das Armas de Fogo que vou digitar agora e, sim, sobre a pressão arterial de 12 x 8, que sempre foi a minha aferição. Sim, sempre, até uns dois anos atrás. Um belo dia, fui realizar aquela bateria de exames anuais: sangue, fezes, urina, o maldito “toque” e outros mais. Iniciei pelo Urologista, grande amigo e que me conhece “profundamente”(creio que me fiz entender). Depois do “empalamento”, o infeliz foi medir minha pressão arterial , que acusou 16 x 10! Após um diálogo de dez segundos, cheguei à conclusão que foi devido ao estresse do toque. Mas, o desgraçado do Urologista queria me internar de imediato! Antes que eu entrasse em vias de fato com o meu amigo de muitos anos, ele me recomendou exercícios físicos e Losartana diariamente. Fiz e estou fazendo o que ele recomendou. Na verdade, atualmente ainda sou hipertenso. Mas, a vida segue. Claro que há momentos em que não é possível se manter light. Alguns eventos me estressam. E muito. Por exemplo: meu carro é um Polo. Dia desses, meus vizinhos estavam de pilhéria comigo pelo carro. Eu não entendi e fui perguntar. Me explicaram que foi devido a uma campanha de Marketing da fabricante do  carro, abordando a vocação do mesmo para um público específico de homens que sentem atração sexual de forma diferente da minha. Eu pensei e disse: e daí? Silêncio total da roda de amigos.  Em outra oportunidade, dois vizinhos e eu convivíamos no elevador, em descida. Ambos estavam discutindo algo que um cidadão havia dito, em algum lugar, que a Internet tinha dado voz aos idiotas. Um concordava e o outro discordava. Isso sim é uma Democracia. E, ambos perguntaram a minha opinião. Eu disse: o que é Internet? Silêncio total no elevador. Está claro que a minha intenção era acabar com aquela discussão totalmente inútil. Evidentemente que ambos devem pensar que sou um alienado total. E daí? Eles que pensem, pois não pagam as minhas contas! Tempo depois, em reunião de professores, após o término das aulas, duas professoras estavam avaliando as palavras de uma autoridade que havia mencionado que atacar as urnas era atacar a Democracia. Perguntaram a minha opinião. Respondi: as máquinas podem se defender? Silêncio na sala. Claro, que, mais uma vez, a intenção era mostrar que não valia a pena discutir sobre aquilo. E, por último, tomei conhecimento que os meus impostos pagaram a viagem ao exterior de um político que foi se exercitar na Europa com a finalidade de divulgar o nome da cidade. Depois dessa, solicitei ao meu Urologista a minha internação. Pior que isso, é ver que parcela da sociedade pensa que tudo que a Esquerda fala é pela Democracia e tudo que a Direita fala é contra a Democracia. E ainda tem seres humanos que confundem o voto impresso com o voto manual. Claro que eu gosto das máquinas, pois no mesmo dia sabemos quem ganhou ou quem perdeu. Mas, eu sou obrigado a confiar no sistema ou na máquina? E quem construiu? E quem me garante a lisura da coisa toda? Se invadem site de banco, será que o nosso sistema é tão bom assim? E porque, nestes anos todos, só o nosso Brasil o utiliza? Agora estou com 15 x 9. Mas, a vida segue !

Carlos Silva – É Professor e Coronel do Exército, na Reserva, serviu mais de 15 anos na Amazônia.

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