27 de julho de 2024
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Este não vem sendo um bom ano para a economia mundial.  Uma das principais causas é o triste ataque da Rússia à Ucrânia; somando-se, também o surgimento da variante Ômicron  -o que colaborou para a queda  das bolsas de valores de vários países – ; além dos EUA anunciarem a maior alta dos juros desde o ano 2000 -visando frear a inflação que atingira 8,5% em março. Esta medida do governo dos Estados Unidos é uma  péssima notícia para os emergentes, uma vez que os empréstimos em dólares ficarão mais caros para os países -não se considerando a procura por ações cotadas na bolsa americana. 

         Sobre previsões  futuras o “The Fed” nenhuma projeção fizera, apenas aguardará o reflexo de suas medidas na área de contratações.  Além  de esperar que haja uma queda nos preços – o que para nós depende de outros fatores como o crescimento dos investimentos privados em vários segmentos e um freio no consumo sempre exagerado entre os americanos. Os tempos pós-pandemia são outros e a vida segue, mas sem as cautelas não se controla a inflação.

         No cenário local há um crescimento  entre as classes empresariais. Isso devido a certeza de que  haverá uma redução nas despesas públicas, aliada  a novas oportunidades de emprego e ao crédito mais facilitado o governo encerrará  o ano sem deixar péssimas perspectivas. A atual inflação não constitui obstáculo para os que aguardam o momento certo para investir em seus negócios, por exemplo,  os grandes produtores do agronegócio  já saíram na  frente. Os demais já contam com linhas de crédito onde a Caixa Econômica Federal e outros bancos privados já dispõem de cerca de 90 bilhões de reais. 

          Outrossim, o cenário político passa  longe dessa situação, pouco importando o que o ex-presidiário fala ou deixa de falar, até porque não tem mais o apoio dos pequenos empresários, muito menos dos tradicionais pesos-pesados. Os prestadores de serviços, buscam acompanhar os dados econômicos oficiais e, assim, nutrem uma expectativa de que crescerão com o apoio do Governo Federal, – até porque quase todos já não ouvem mais o ex-presidente Lula que além de cínico, agora acaba de confessar ter ganho uma eleição com promessas que nunca cumprira. 

         As lideranças empresariais de hoje não podem ser confundidas com as do passado que escolheram o caminho do dinheiro fácil – vindo da corrupção.   Por isso, apoiar o Presidente Jair Bolsonaro –  que fala na cara de todos, é não se deixar levar pela mídia derrotada nas urnas que nada de útil oferece à Nação.

       O  ex-presidiário tem um repertório recheado de besteiras, e será agora vigiado por seus marqueteiros. Acusar Zelenski de ter causado a invasão da Ucrânia como dito à revista “Time” (in Estadão de 3.5.2022) e, ainda pretender organizar uma “frente ampla” pela democracia, são aspectos que revelam seu nefasto cinismo – até porque no comunismo não há democracia. Seus eleitores já estão se distanciando.

      Enquanto isso, Jair Bolsonaro entrega obras na Paraíba,  sanciona o Plano de Enfrentamento à Violência e aprova o Auxílio Brasil de R$ 400 reais de forma permanente; e o ex-presidente Lula ou desconhece o atual quadro econômico ou se encontra desorientado e sem programa a ser apresentado. Quando fala de improviso elogia o Presidente Bolsonaro por tudo que tem feito ao Nordeste. E, como houvera pedido expresso de voto por determinada cantora, sua candidatura será impugnada já que a captação de votos pelo pedido explícito caracteriza propaganda eleitoral antecipada – o que é vedado, até porque Lula tinha conhecimento do fato.

       A política pode viver do imaginário, mas a economia tem dever de afastar a corrupção para a sua sobrevivência nas entranhas da sociedade.

Manaus/AM, 6 de maio de 2022

JOSÉ ALFREDO FERREIRA DE ANDRADE

Ex- Conselheiro Federal da OAB/AM nos Triênios 2001/2003 e 2007/2009 – OAB/AM A-29

Email: [email protected]

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