27 de julho de 2024
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O tamanho do fosso

Gerações vão se sucedendo em nosso país, os absurdos sociais continuam acontecendo e os grupos que se dizem defensores dos direitos humanos continuam bradando ao vento. Sempre se fala na busca de igualdades ou mesmo de justiça entre classes sociais, quando bem mesmo os supostos paladinos dos pobres sabem o verdadeiro significado desta causa.

As últimas pesquisas publicadas em nosso país, resultado de trabalhos científicos, mostraram um quadro alarmante: os 10% dos brasileiros mais ricos aumentaram sua renda durante o período da pandemia, em mais de 40%, enquanto o restante dos 90% mais pobres, ficaram n=bem mais pobres. Esta situação de distanciamento econômico-social, é uma constante em nosso país por conta de uma política tributária que além de complicada e mal elaborada, é altamente injusta.

Temos casos em que pessoas físicas e jurídicas de alta renda, pagam uma parcela mínima de impostos, quando em alguns casos até mesmo deixam de pagar por conta das famosas “brechas” que são uma constante em todos os níveis legais em nosso país. Os pobres que muitas vezes nem mesmo tem como manter suas alimentações, chegam a pagar impostos exatamente iguais a pessoas com rendas de níveis consideradas acima do padrão.

Já faz um tempo que o governo vem propondo a reforma tributária, quando se tentaria além de desburocratizar o processo tributário brasileiro, fazer com que se estabeleça esta relação de justiça tributária: “QUEM GANHA MAIS, PAGA MAIS”!  Mesmo que muitos não entendam, o pagamento dos impostos tem de ser diferenciado mesmo, com as rendas mais altas sendo taxadas com tarifas mais altas e aqueles que tem renda mais baixa ou mesmo nem mesmo tem renda, serem tratados com mais cuidado e justiça, tanto no aspecto econômico quanto em termos sociais.

Falando da forma como colocamos até aqui, parece ser algo óbvio demais! No entanto estamos em um país que não conseguiu se livrar das amarras do colonialismo implantado pelos europeus desde 1500. As elites sociais e dirigentes sempre existiram para ter vantagens e serem tratadas de maneira diferenciada. Com o tempo, as elites foram se solidificando e além das vantagens políticas e econômicas, foram se resguardando e garantindo seus supostos direitos nas várias Constituições que se implantaram em nosso país, das quais a última, de 1988 foi a mais complicada e a mais injusta, com maior quantidade de brechas e com garantias dos grupos políticos dominantes.

Um país como o Brasil não poderia garantir salários vitalícios a ex presidentes, ex governadores, senadores e tantos outros ex ocupantes de funções como acontece no nosso sistema público. O custo da máquina pública administrativa brasileira é uma das mais caras do mundo, se não a mais cara, o que já deveria ter provocado uma atitude de revisão destes dispositivos criados pelos privilegiados das elites. Pensar no tanto que se paga injustamente a tanta gente, enquanto tantos brasileiros não tem nem mesmo o que comer, provoca uma revolta que não dá para descrever.

Neste momento os supostos defensores dos direitos humanos somem do mapa, esquecem dos seus discursos, se transformam naquilo que chamo de “ativistas sem causa”. Precisamos de brasileiros que lutem pela justiça social realmente, porem em primeiro lugar entendam a verdadeira situação da injustiça social que existe na legislação. Precisamos enfim de representantes que pensem no país como prioridade, esquecendo seus próprios umbigos, lembrando das tantas promessas feitas em suas campanhas e principalmente se convencendo que ao se elegerem, seja lá para o que for, SÃO REPRESENTANTES DO POVO, Sim do povo e não de determinados grupos que nem sempre ajudam este povo.

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