27 de julho de 2024
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O perigo mortal das Fake News

O artigo aborda sobre o perigo letal das fake news.

Para o dicionário de Cambridge, “Fake News” significa estórias falsas que parecem novas, divulgadas pela internet ou outra mídia, usualmente para influenciar visões políticas ou fazer piada. E espalhar notícias falsas é ato antigo, conforme ilustrado em fábula e estratégias:

1) A fábula de Esopo “O Pastor e o Lobo”

Um jovem pastor levava seu rebanho para bem longe da aldeia e fazia uma brincadeira de mau gosto, regressava para a aldeia pedindo socorro, afirmando que lobos estavam atacando os carneiros. As pessoas então largavam os afazeres e corriam para ajudá-lo, mas chegando lá, percebiam o engano, ao ver o pastor rindo, sem lobo nenhum. Mas um dia, os lobos atacaram o rebanho, o pastor horrorizado voltou gritando “Socorro! Me ajudem, os lobos estão matando meu rebando, corram se não vai ser tarde!”, mas ninguém ligou, pois achavam que era outra mentira. Ao final, o Pastor perdeu todo o rebanho, apoio e credibilidade na comunidade. O caso ensina que: a) uma notícia falsa pode acarretar em mortes, perda de credibilidade e de apoio; b) é difícil acreditar em mentiroso, mesmo quando diz a verdade.

2) Estratégias militares

O livro de Wee Chow Hou e Lan Luh Luh sobre “As 36 estratégias dos Chineses” mostra como as Fake News eram usadas pelos chineses para: a) obter vantagem: estratégia enganar os céus para atravessar o oceano; estratégia simular um ataque ao leste, mas atacar a oeste; b) ser oportunista: estratégia de criar algo do nada; c) ser ofensivo: estratégia tomar um cadáver emprestado para ressuscitar uma alma; d) confundir: estratégia de tornar as águas turbulentas para pegar um peixe; e) dissimular: estratégia de fingir-se de louco, mas manter-se são; estratégia de tirar a escada depois que o inimigo subir no telhado; estratégia cobrir a árvore de flores; f) criar desespero: estratégia a trama da beleza; estratégia a trama da cidade vazia; estratégia de criar manobras com agentes duplos; e estratégia da autolesão;

3) Outros casos de aplicação de Fake News podem ser lidos em “Ilíada” (Cavalo de Tróia) de Homero, em a “Arte da Guerra” de Sun Tzu; “O Príncipe” de Maquiavel.

Ao longo do tempo, as Fake News ganharam velocidade e maior alçance, por meio do avanço das tecnologias de informação e comunicação, acelerando deste o tempo dos poucos detentores dos meios de comunicação tradicionais (rádios, televisão, jornais) até os dias de hoje, para qualquer cidadão que domine as plataformas sociais e digitais (facebook, twitter, youtube, whats app, telegram, instagram, etc). 

Para complicar, o uso de Fake News no âmbito político tem influenciando decisões e comportamentos, causando prejuízos para milhares de vidas, a saber:

4) uso intenso de Fake News por Hitler, Goebbels, aliados e simpatizantes para criar um mito, defender o nacionalismo, se opor ao tratado de Versalles, defender rearmamento da população, iludir e recrutar jovens, hostilizar e combater os comunistas, perseguir, atacar e dizimar minorias, forjar e divulgar a invasão da Polônia na fronteira para iniciar a 2a Guerra Mundial, resultando em um dos piores episódios mortais da humanidade <https://bit.ly/3f4ja6b; http://amzn.to/3c99ntu>;

5) uso de Fake News (armas de destruição em massa sendo construídas no Iraque) pelo Governo Bush para justificar a invasão em mar/2003. Até hoje não acharam as tais armas e a guerra trouxe um altíssimo custo econômico e humano para o povo iraquiano <http://bit.ly/3sdR4J8; https://bit.ly/3tLzrki>;

6) uso de Fake News para eleger Collor, Dilma e Mito

Relembremos os seguintes casos: 6.1) Collor eleito em 1989 após sua campanha espalhar mentiras contra Lula e PT envolvendo sequestro do empresário Abílio Diniz; 6.2) Dilma eleita em 2014, após o PT e aliados disseminarem boatos (com uso de robôs e militantes, incluindo servidores públicos) para gerar medo e terrorismo eleitoral contra adversários <http://bit.ly/3vMHoYq>, sob o comando dos criminosos Lula e do marqueteiro João Santana. Algumas das  mentiras foram: a) espalhar notícia no Nordeste de que Aécio acabaria com Bolsa Família se Dilma não fosse eleita; b) se eleita, Marina daria poder aos bancos. Usaram propaganda enganosa na TV <http://bit.ly/3sdTh7t> que anos depois foi citada pelo Ministro Fux como um caso concreto de Fake News <http://bit.ly/3caRMkT>; 6.3) Bolsonaro eleito em 2018, sem apresentar programa de governo decente nem participar dos debates. A trágica eleição foi marcada pelo intenso uso de robôs disparando Fake News, tanto pela turma do Mito (PSL), quanto do Haddad (PT), mas que acabaram beneficiando o capitão <http://bit.ly/316TRrR; https://bit.ly/3f4jYb3>, coincidentemente após a “facada” nele (06/09/18), cujos fatos apresentam fortes evidências de um evento muito bem forjado, conforme estes documentários <https://bit.ly/2F1tBar; https://bit.ly/318xulS>.

7) uso de Fake News como forma de governar e manter pandemia descontrolada, a fim de não levar impeachment. Segundo a Statista, empresa alemã que minera dados de mercado e de consumidores, entre jan/19 e dez/20, somente o mito disseminou 2158 Fake News ou notícias distorcidas <https://bit.ly/2GNdH4n>, das quais 888 (41%) foram sobre a Covid-19 <https://bit.ly/3aJvaWx>. E segundo a Pública <https://bit.ly/338dnom> foram protocolados cerca de 74 pedidos de impeachment contra o presidente, dos quais 27 (36%) têm acusações relacionadas com a saúde/Covid-19.

As Fake News mais emblemáticas são as que atacam as máscaras, o distanciamento social, o lockdown, a vacinação, bem como exaltam um tal de tratamento precoce, com direito ao kit covid19 contendo remédios (cloroquina, ivermectina, etc) sem eficácia comprovada contra o vírus. O efeito dessas Fake News é tão mortal que lamentavelmente cresce o número de bolsonaristas falecidos por covid19, tais como: a) médicos/professores universitários (Ex: http://bit.ly/380LuCF; criador do Kit Covid19 – https://bit.ly/2NR2lQj; https://bit.ly/31a3PbO); b) pastores/evangélicos (Ex.https://bit.ly/3vR8xtd; http://bit.ly/3rcM6vd; http://glo.bo/3lEZRkW); http://bit.ly/3r6ocBm; c) apresentadores/empresários/militares/políticos (Ex: http://bit.ly/317TD3H; http://bit.ly/314UC4C; https://bit.ly/3vTormK; https://bit.ly/2PfVK2S; http://bit.ly/35R1nJu; http://bit.ly/3sgGCkf; http://bit.ly/3oNrXf6, ressaltando que só nas Forças Armadas, onde há muitos fãs do mito, até meados de dez/20, cerca de 809 militares já faleceram <http://glo.bo/2NLKQS2>, número que pode ser muito maior dado o silêncio com que tratam o assunto.

Por fim, voltando à fábula de Esopo, comparo o pastor aos falsos “líderes” (Collor/Aécio/Lula/Mito,etc), o rebanho aos que seguem cegamente, as brincadeiras de mau gosto são as Fake News, enquanto que os lobos tomam várias formas, desde a corrupção até a Covid19, restando saber quando maioria dos brasileiros refutará com sabedoria as Fake News, seus criadores e disseminadores.

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