Você sabe que a liderança situacional é a teoria de que não existe um único modelo de liderança correto, ou seja, o líder deve se adaptar constantemente diante as diferentes situações apresentadas, tais como forças, fraquezas, inteligência emocional, fatores de competitividade e condições técnicas.
E esse termo foi idealizado pelo cientista comportamental Paul Hersey e pelo especialista em gestão Kenneth Blanchard. O termo havia sido inicialmente definido como “Ciclo de Vida da Teoria da Liderança”. Segundo eles, um bom líder é capaz de adaptar seu comportamento conforme o nível de maturidade profissional de cada um dos seus liderados, o estilo de liderança que funciona com um colaborador pode não funcionar com o outro!
Percebemos aqui a existência de diversos estilos de liderança, um resultado do combo de experiências, habilidades, comportamentos e práticas, estando o líder sempre disponível para mudar processos de acordo com os tipos de tarefas, características da equipe, entre outros fatores, a fim de resolver os problemas que surgem.
Dentro dessa definição a liderança situacional percebe as características dos colaboradores. Tendo como objetivo do líder conseguir delegar e dividir a estratégia de acordo com os diferentes perfis, cargos e níveis de capacidade. Assim, um líder que entende a sua equipe consegue se comunicar melhor com todos, evitando o surgimento de problemas.
Segundo Blanchard, são pessoas que proveem “a quantidade certa de direcionamento e suporte” para cada um. Isso conforme a maturidade do profissional e a combinação entre responsabilidade e competência.
Um dos pontos mais importantes para que a liderança situacional seja bem conduzida é a capacidade de tratar, de forma diversa, pessoas com capacidades, conhecimentos e competências distintas. Afinal, as empresas são formadas por pessoas com perfis comportamentais diferentes.
A maturidade profissional reúne e soma as características necessárias para um bom líder. Ela também diz respeito à capacidade de adequar-se às diferentes situações, assumir responsabilidades condizentes com a sua função e executar tarefas, sem precisar de interferência direta.
Deixo abaixo para você as 4 fases da liderança situacional
Existem quatro modelos adequados aos níveis de maturidade mostrados acima. São eles:
E1 – Direção: Neste modelo, o líder deve ser o responsável por tomar as rédeas da situação, fazendo o direcionamento do trabalho da sua equipe para aquilo que acredita ser o mais correto. Deve descrever ao colaborador como realizar as tarefas para que ele ganhe confiança e encontre formas efetivas de se autogerenciar.
E2 – Orientação (treinamento): utilizada em situações que necessitem de estímulos para o funcionário executar a tarefa. Aqui, o colaborador precisa que o gestor contribua com ideias e sugestões, oriente a execução e supervisione e apoie de forma contínua. O líder deve mostrar ao liderado qual tarefa deve ser executada, como ele deve efetuar esse trabalho, a importância da tarefa frente a todo o processo.
E3 – Apoio: fase em que as maiores necessidades são o aumento do aprendizado e da confiança. O apoio do líder é uma peça fundamental para que os liderados obtenham confiança e crescimento constante. O líder deve oferecer oportunidades para que a equipe escute e analise as perspectivas diferentes, enriquecendo assim todo o processo colaborativo.
E4 – Delegação (Autonomia): uma equipe mais preparada para atuar de forma independente, pode trabalhar com autonomia e liberdade. Com alto grau de amadurecimento ela permite ao líder se distanciar das tarefas operacionais, podendo delegar com segurança para a equipe.
Para que você saiba qual dos 4 estilos de liderança mencionados acima aplicar, primeiramente é necessário entender qual o nível de maturidade da equipe. A teoria da liderança situacional faz a separação de 4 níveis de maturidade.
P1 – baixa vontade e baixa capacidade:
Nesse estágio de maturidade, os membros da equipe não possuem os conhecimentos técnicos necessários para a realização das tarefas além disso, precisam ser constantemente motivados, pois não possuem confiança nas tarefas que executam.
P2 – alta vontade e baixa capacidade:
Os membros da equipe possuem um certo conhecimento técnico nas funções desempenhadas e, por isso, são dispostos e motivados. Apesar disso, ainda necessitam de apoio, pois em muitos casos não são capazes de tomar decisões por conta própria.
P3 – baixa vontade e alta capacidade:
Esse grupo de funcionários possuem habilidades e competências para o trabalho que executam, no entanto, não se sentem motivados a assumirem responsabilidades.
P4 – alta vontade e alta capacidade:
Os membros do time de trabalho são altamente qualificados para o cargo que ocupam e se sentem plenamente motivados a executarem tarefas e assumirem responsabilidades.
Vamos então associar os tipos de liderança aos estágios de maturidade
É possível associar os estilos de liderança necessários a cada estágio de maturidade, confira abaixo:
- Estágio 1: É necessário o estilo de liderança de Direcionamento
- Estágio 2: É necessário o estilo de liderança de Orientação
- Estágio 3: É necessário o estilo de liderança de Apoio
- Estágio 4: É necessário o estilo de liderança de Delegação.