26 de julho de 2024
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Líder de equipe multigeracionais

Estamos em uma época de muitas transformações, momento de mudanças de paradigmas desde o questionamento das estruturas hierárquicas muito rígidas até a construção de ambientes mais diversificados e dinâmicos.

Neste contexto, um bom líder precisa conhecer os diferentes perfis das pessoas para por em prática a provocante tarefa de liderar diferentes gerações. O que envolve entender a subjetividade de cada um e suas implicações nos ambientes em que está inserida.

Para liderar estas diferenças é preciso, inclusive, reconhecer suas limitações e buscar possibilidades para aprender e evoluir. Valorizando o capital humano como principal elemento para o processo de grandes negócios.

Pesquisas apontam que as gerações Y e Z visão assumir cargos de gestão. Baby boomrs são os que enfrentam maior dificuldade para utilizar dispositivos tecnológicos. Para a geração X a estabilidade é muito desejada e as gerações mais novas seguem um modelo mais horizontalizado. Mas como reconhecer estas gerações?

Vamos de uma maneira mais didática neste artigo fazer uma explicação de cada geração com algumas dicas de como aproveitar melhor o grupo e assim formar uma equipe multigeracional de sucesso.

Os Baby Boomers são os nascidos após a 2ª guerra mundial até o ano de 1960. Sofreram a influência do modelo de trabalho adotado durante a Revolução Industrial. Com uma carga horária de trabalho bem definida e muitas responsabilidades individuais, o trabalho não se confunde com a vida pessoal. Por meio de atividades mecânicas e repetitivas, a produtividade e o tempo de dedicação são quase que sinônimos. 

As estratégias com os Baby Boomers envolvem criar lealdade como condução para prosperidade e segurança. Procure demostrar apoio para carreira, seja a atual ou o caminho da aposentaria ou ainda uma próxima carreira. É importante também gerar oportunidade para que se sintam contribuindo na tomada de decisão como valorização por sua experiência e tempo de vida profissional.

A Geração X são os nascidos entre o início dos anos 60 e fim dos anos 70. Acompanharam as mudanças no campo tecnológico com visão criativa e questionadora. Tendem a valorizar o currículo com cursos e especializações. Maior valorização do período depois do expediente com outras relações interpessoais.

O líder pode estimular uma rede de relacionamentos, aumentar a network com momentos de atividades fora do ambiente de trabalho. Também é importante favorecer independência para realização das tarefas e valorização de seus estudos. A liderança pode aproveitar a visão crítica e disposição de aprendizado desta geração.

A Geração Y nascidos entre os anos 80 e início dos anos 90. Principal característica é o desenvolvimento ao mundo globalizado, com uma gama de informações e acessos. Buscam por um aprendizado mais informal e relações menos hierarquizadas. A vida pessoal e profissional passou a se misturar.

Para esta geração, o líder pode estabelecer um trabalho home office com mais tranquilidade com uma mentalidade de “start ups”. Como não tem interesse em permanecer em empregos cuja possibilidade de desenvolvimento e inovação criativa é limitada, o líder pode oferecer a diversificação de funções, bem como os desafios inovadores para resolução de problemas como motivador. Aproveitar melhor o espirito inovador desta geração. Valorizar sua identidade e individualidade faz muita diferença para o sentimento de pertencimento.

A Geração Z correspondente de 13 a 30 anos aproximadamente por serem os nascidos de 1992/1995 a 2010. São um grupo com forte influência na velocidade da informação. Tem uma capacidade peculiar de aprenderem sozinhos e estão revolucionando o campo da comunicação e das mídias. É uma geração mais imediatista, mais ambiciosa, almejando posições de destaque em curto espaço de tempo.

Exigirá uma liderança com honestidade e clareza de gestão para fornecer um forte senso colaborativo e agilidade na relação entre resultados e retorno, pois rapidamente querem ser reconhecidos, inclusive financeiramente, pelos trabalhos e entregas realizadas. Como muitos já assumem cargos de gestão, seus lideres atuais compartilham tomadas de decisão equilibrando experiência com visão atual.

A Geração Alpha embora não ocupem ainda o ambiente de trabalho formal, são os nascidos a partir de 2010 e pela projeção dos estudos são os que vão nascer até 2025. Os nativos digitais. Ainda crianças e adolescentes, já representam uma força significativa na economia e tendem por ser hábitos de consumo ditar as regras dos negócios atuais e futuros. Uma geração com curiosidade aguçada e busca por independência. Destacam-se por explorar sozinhos os dispositivos, aprendendo com muita rapidez. 

É um ensaio para lideres desenvolverem a hiper conectividade e versatilidade, geração de estímulos constantes. É hora de aproveitar sua capacidade inventiva, aprender com sua ação questionadora de padrão. 

Os desafios dos líderes de equipes multigeracionais são muitos e grandes. Dentre eles, o mal gerenciamento do conflito entre as gerações projeta queda nos níveis de produtividade e desalinhamento quanto aos objetivos estratégicos.

É importante que a liderança incentive a integração entre os membros do time em gerações diferentes e extraia o melhor de cada pessoa para o bem coletivo. Para isto, será fundamental ouvir e entender cada uma das necessidades e expectativas, estimulando o diálogo aberto e a flexibilidade de posição, mobilizando para o melhor equilíbrio a ser feito.

Certamente sua atenção para estes pontos trará a disposição de todos para o respeito e caminho para compreensão das diferenças, aprendizado coletivo, estímulo a criatividade e ampliar o repertório individual dos envolvidos.

Boas práticas gerais de liderança continuam sendo importantes sempre. Como conhecer as pessoas do seu time e explorar o que existe de melhor em cada um, engajando e motivando as pessoas para continuarem suas entregas e relações de maneira positiva. Bem como, o incentivo constante para capacitação no movimento de permanente evolução. Lembrando de reconhecer seus liderados, fornecendo feedback tanto positivo quanto de correção. Também vale a combinação de formalidade e informalidade, aprendendo qual é a hora certa de cada estilo.

Cintia Lima

Psicóloga, Mentora de Líderes e Master Coach

@psi.cintialima

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