26 de julho de 2024
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Hora de empreender

Nosso País possui uma vocação nata para o Empreendedorismo. E isso se comprova por meio de fatos e dados. Tanto é assim que em 2019 o Brasil atingiu o número de 52 milhões de cidadãos com o seu próprio negócio, segundo o levantamento realizado pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM). E de acordo com as perspectivas, a pandemia da Covid-19 não foi um impeditivo para a continuidade deste cenário, uma vez que diversos fatores (inclusive, adversos) até contribuíram para a concretização desta realidade, como o aumento do desemprego, as reduções temporárias de salário e a elevação do custo de vida. Para efeito de comparação, tivemos no ano de 2020 uma média de 20 milhões de negócios ativos, o que representa um crescimento de 6% em relação ao período anterior (2019), segundo informações divulgadas pelo Ministério da Economia.

 Contudo, ainda enfrentamos alguns entraves estruturais em diversos aspectos, como por exemplo, o índice elevado da mortalidade empresarial no País (tempo médio de existência de uma firma a partir da sua criação), a falta de um comportamento empreendedor e a ausência de um prévio planejamento de gestão, conforme o ‘Estudo Causa Morti das Empresas em 2014’, divulgado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE. Quatro anos depois o percentual de encerramento de atividades de organizações já chegara a 23%. 

Conjunturas gerais, como legislações engessadas, entraves burocráticos, infraestrutura logística deficitária e ausência de investimentos e fomento estão entre os principais desafios que fazem com que o Brasil ainda não seja um lugar atrativo para a área de novos negócios. É preciso superar estas barreiras para que então possamos nos tornar um lugar que valorize aqueles que ‘ousam’ empreender e inovar; que não medem esforços para descobrir e implementar novas formas de executar ações e solucionar problemas.

Apesar de tudo isso, já podemos sentir avanços. O Mapa das Empresas – boletim anual divulgado pelo Ministério da Economia, por exemplo, mostrou que em 2021 os setores de serviços e comércio foram os que tiverem mais empresas abertas. A Revista Exame também divulgou que houve uma redução no tempo de abertura de uma empresa em 43%, na comparação dos períodos de 2019 e 2020. A Revista publicou também alguns setores considerados entre os mais promissores para se investir no ano de 2022 para quem deseja ter o seu próprio negócio. São eles: as lojas virtuais (e-commerce); o setor de serviços (consultoria, treinamentos); os infoprodutos (cursos); a alimentação (saúde, ghost kitchen); os produtos e serviços para animais domésticos (Pets); o conteúdo digital e as franquias.

Sendo assim, diante do potencial incontestável que o Brasil possui para o empreendedorismo, é necessário o estabelecimento de Política de Estado Empreendedora, com ações coesas, contínuas e estruturantes, com o investimento em pesquisas, novas tecnologias e capacitação, de forma a oferecer aos que desejam empreender, as condições necessárias para tal, seja no âmbito legal, administrativo ou de infraestrutura/logística. É preciso haver o entendimento de que cada novo negócio que se forma é uma nova fonte geradora de empregos e de arrecadação; assim como também é um canal que ajuda na circulação financeira na sociedade em geral.

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