27 de julho de 2024
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Cidades Inteligentes: Programas e Políticas de Apoio

O artigo lhe convida a participar de uma pesquisa <bit.ly/3ECTDuE>, bem como resume a apresentação sobre o tema , feita aos formuladores de políticas públicas e participantes, durante a III Feira do Polo Digital de Manaus.

Agradeço o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Manaus (CODESE) e parceiros pela realização da III Feira do Polo Digital de Manaus, bem como pelo convite para participar do Painel “Cidades Inteligentes: Programas e Políticas de Apoio”, o qual contou com a ilustre participação do Sr. Paulo Alvimn (MCTI), do Sr. Vitor Picanço (SUFRAMA), do Sr. Jório Veiga (SEDECTI), do Sr. Radyr Gomes (SEMTEPI) e do moderador, Sr. Euler Guimarães (CODESE).

Quando o Sr. Euler Guimarães convidou e explicou como seria a dinâmica do Painel, fiquei refletindo sobre qual seria a melhor maneira de contribuir. Antes de decidir, caminhei em Petrópolis, onde vivo há 50 anos, lembrei dos tempos de criança quando era feliz ao ser acordado pelo cantar dos galos e de muitos pássaros, quando brincava nos terrenos cheios de árvores, subindo e comendo suas frutas (azeitonas pretas, goiabas, pitombas, abacates, cajus, mangas, etc), depois indo jogar bola no campo da Arena, pular nas águas do igarapé do segundo (ficava atrás do Cê Ki Sabe Motel) e me extasiar no final do dia com o espetáculo dos pássaros que escureciam o céu, eram tesourinhas, japiins, pipiras, sanhaçus, etc.

Ao andar pela R. Raquel, no lugar do lindo terreno, cuja proprietária foi homenageada com o nome da rua, me deparei com um empreendimento que detonou sem piedade todas as árvores para construir um posto de gasolina, cujo chão está todo cimentado. Também vi o local onde funcionava o CEMEI Anjos do Pompeu, uma das 9 escolas fechadas irregularmente pela SEMED em 2015, lembrei da luta de vários pais para evitar o fechamento de uma escola com 10 salas de aula que atendia 500 crianças, me lembrei do abaixo-assinado, da tristeza dos professores e das crianças, da mobilização dos comunitários, dos pais chorando ao saber que o Ministério Público arquivou o pedido sem ao menos ouvir a população, o que permitiu em 2017, que outro prédio fosse alugado com valor de contrato mais caro e com menos salas (6) lá no bairro do Santa Etelvina, a fim de abrigar o CMEI Anjos do Pompeu. Ainda na mesma Rua vi outro prédio que foi construído em tempo recorde no segundo sem/18 para ser alugado para SEMED, a fim de abrigar uma outra escola municipal que foi fechada no São Francisco, na época, a obra estava irregular, IPTU atrasado, não tinha projeto, nem licenciamento da IMPLURB e não obedeceu o plano diretor de Manaus. E por fim, ao caminhar por outras ruas, fiquei com vontade de chorar ao ver o igarapé do segundo, completamente poluido, fétido, rodeado de moradias precárias, pontos de vendas de drogas, ruas com lixeiras viciadas, algumas com lixos espalhados pelo chão, muita gente desempregada tentando ganhar o seu ganha pão vendendo churrascos, salgados, dindins, balas, doces, etc.

Esse tipo de caminhada abriu a mente, é preciso criar diálogos, levar a voz da ciência, da população, dos animais e das árvores para nossas autoridades do Painel, bem como ser propositivo, mostrar como podemos fazer diferente.

Assim, a apresentação foi dividida em sete partes e pode ser acessada pelo link <https://bit.ly/3s22pik>:

1a) “Ser Inteligente?”: visou sensibilizar as autoridades para que no processo de formulação das políticas públicas ou programas, não se caia na tentação do modismo, de tentar implantar algo sem uma discussão interdisciplinar séria, que é preciso ouvir e envolver profissionais competentes que conheçam o assunto. Essa parte utilizou a Inteligência Artificial, Computação em Nuvem, Animação 3D, Youtube e um Robô Avatar representado pelo Macaco Prego, que explicou que sua casa, a Floresta Amazônica, estava sendo destruída e que veio para Manaus, a fim de estudar a inteligência humana, desde a mitologia grega até a Teoria das inteligências múltiplas, criada pelo Dr. Gardner Howard, da Universidade de Harvard.

Se realmente sonhamos em criar uma cidade inteligente, o primeiro passo é discutirmos a exaustão o que é ser inteligente e como podemos ajudar nossa população a se tornar inteligente, sendo proposto o modelo das inteligências múltiplas como base da discussão. 

Essa parte também reforçou a ideia de envolver o cidadão no processo de construção das políticas públicas, tornando-o protagonista do processo. E para exemplificar, foi recomendado o uso de tecnologias, dando como exemplo uma pesquisa que iniciei no dia 8/12, com aplicação de um QR Code acompanhado de um questionário interativo da plataforma Typeform. Assim, aproveito para convidá-lo(a) a responder o questionário <bit.ly/3ECTDuE>, pois o estudo fará parte de um dos diagnósticos de um projeto de pesquisa que será enviando para uma organização internacional, a fim de captar recursos para ajudar no processo de construção da cidade inteligente e do plano para descarbonizar a economia do Amazonas até 2050.

2a) Desafios Globais, momento no qual foi enfatizado que as melhores políticas públicas e programas para as cidades inteligentes devem considerar as mudanças climáticas, devem fazer parte de um plano de estado, de longo prazo, com base científica e foco na descarbonização de nossa economia, pois essa é a tendência mundial. 

3a) Desafios Locais: é preciso ser realista, fazemos mau uso do solo e de nossas florestas, nossas políticas públicas não são de longo prazo, nem são construídas com a população, temos alta concentração de renda, desperdícios de alimentos, água, energia, etc.

4a e 5a) Oportunidades de Alto Impacto e GovTech: há Programas Internacionais apoiados pelo Banco Mundial e outros Parceiros para modernizar o Estado, focado na Agenda GovTech, Cidades Inteligentes e Sustentáveis. Na ocasião foi mostrada uma plataforma chamada OLC que oferece cursos gratuitamente ou a baixo custo, sendo recomendado que poderíamos formar parceria com eles para apoiar nossa jornada rumo a Cidade Inteligente e descarbonização da nossa economia;
6a) Cidades Inteligentes, com informações básicas sobre o assunto, sendo inserido recentemente casos concretos de políticas públicas, programas, medidas, inovações, produtos e serviços adotados em países inteligentes que salvaram vidas contra a Covid-19, bem como a experiências das 50 melhores cidades inteligentes do planeta.

7a) Pré-Projeto AMAZONET02050, momento no qual foi proposto um mapa conceitual contendo 5 fases estratégicas para ajudar a construir coletivamente um plano de longo prazo para descarbonizar a economia do Amazonas até 2050. 

Finalmente, rezo para que nossas autoridades, homens e mulheres de bem, reflitam sobre o assunto, ouçam o eco da vida, que tentem sair mais dos seus escritórios, ir ao encontro da população, dos empresários, das universidades, que ajudem a juntar nossas mãos, pois o objetivo principal da política não é polarizar, dar privilégios, negar, mas criar amizade entre os membros da cidade (adaptado de Aristóteles).

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