26 de julho de 2024
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Chegando a hora da faca e o queijo na mão (Parte 1)

Bem se apura que no dia 1º de janeiro de 2021, o Prefeito ora eleito receberá o comando da cidade, vez que o atual alcaide terá cumprido seu mandato, cabendo-lhe então postar-se na transferência do cargo. A propósito, ainda que remarcando dizeres que já seguiram nesta série de artigos, não é demais assentar que essoutro, ainda durante a campanha eleitoral, assegurou com veemência, verbis: A pessoa que me suceder na gestão do município terá a faca e o queijo na mão para fazer a cidade crescer muito mais nos próximos anos”.

Certo que o dito não deve ser tomado no substantivo, mas figurativo, posto que assim se acredita que não houve almejo de arruinar a saúde do vitorioso no pleito, visto o risco ante as consabidas doenças do queijo, assim chamadas, como Salmonela, Brucelose, Zoonose e sabe-se lá quantas mais.  Nem quis ademais augurar que fosse aquele maneta, ao indicar o uso da faca apenas da mão e não das mãos, como de esperar.Sequereram adversários, credo!

Fiquemos então com as aludidas prédicas de crescimento da cidade nos próximos anos. Logo, é manifesto que cabe à administração municipal a correta execução orçamentária e financeira prevista no planejamento municipal. Por certo, é inegável, não há como crescer muito mais nos próximos anos, eis que faltariam os algarismos oficiais já estabelecidos na arrecadação municipal. São o que são, nem mais nem menos. Pode-se apenas se dar o continuísmo. É que não se trata também o órgão municipal de alguma usina que se atirasse a aumentar a produção de bens de consumo, em busca de alcançar no mercado maiores receitas, mas, sobremaneira, reverenciar aqueles números projetados para uma correta execução orçamentária e financeira, como previsto ali no plano municipal da espécie, ou seja gerir sobriamente sobretudo a captação e emprego do imposto predial, de feição bem municipalista e o mais acaso do gênero. Assim tudo orbita em volta daquelas previsões municipais, descabendo almejar outras fonte, salvo contar-se com a ajuda federal o que tem outra feição e será objeto do próximo comentário nesta estação de artigos semanais.

Sim, claro, e afastando os desvios próprios da corrupção, já aí fazendo fé nos discursos da campanha eleitoral. A esse respeito cabe levar em conta o se acreditar nas declarações da espécie que esteve em curso. É que com o advento das redes sociais, assim nominadas, ficou mais difícil ainda de identificar honestidade e sinceridade, justamente porque a tela, diferente do face a face, bloqueia uma das formas mais seguras de criar confiança em alguém: os olhos! Já o vocabulário ilustrado bem serve para amparar a enganação, tipo mediante aquelas consagradas práticas, lembrando-se que o meio televisivo tem todos os eficazes recursos do make up em direção ao espectador objetivando atraí-lo e convencê-lo.

No caso, vem à memória o que muito se assistiu na propaganda eleitoral quando o candidato falante compulsivo dava-se o direito de fazer todas as associações e desenvolver os assuntos à medida que lhe chegavam à cabeça, interessado apenas na sua exibição, desabafo ou produzir determinadas reações no ouvinte, desinteressado no que se passava com este. Sabe-se que falar demais acaba anulando aquele que se põe a escutar. Quem sabe esse quadro respondeu pelo desinteresse de boa parte do eleitorado.

A esse respeito notáveis escritores se debruçaram a observar a questão, tais como Leonardo Miodinow em “O andar do Bêbado”; “Subliminar: Como o Inconsciente Influência Nossas Vidas”. Nessa esteira, também Carl Jung que escreveu “Há certos eventos que não percebemos de forma consciente. Eles permanecem, por assim dizer, abaixo do limite da consciência. Eles aconteceram, mas foram percebidos de maneira subliminar.” (Continua)

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