26 de julho de 2024
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A macroeconomia brasileira atualmente

Nilson Pimentel (*)

With increasing prices continuing to squeeze living standards worldwide, taming inflation should be the first priority for policymakers. Tighter monetary policy will inevitably have real economic costs, but delay will only exacerbate them. Targeted fiscal support can help cushion the impact on the most vulnerable, but with government budgets stretched by the pandemic and the need for a disinflationary overall macroeconomic policy stance, such policies will need to be offset by increased taxes or lower government spending. Tighter monetary conditions will also affect financial stability, requiring judicious use of macroprudential tools and making reforms to debt resolution frameworks all the more necessary. Policies to address specific impacts on energy and food prices should focus on those most affected without distorting prices. And as the pandemic continues, vaccination rates must rise to guard against future variants. Finally, mitigating climate change continues to require urgent multilateral action to limit emissions and raise investments to hasten the green transition.(WORLD ECONOMIC OUTLOOK – INTERNATIONAL MONETARY FUND – 2022 JUL)

 Há tempos que o país não consegue suplantar as deficiências estruturais de saneamento, de portos, de rodovias, de transportes (sistemas de logísticas), hospitais (sistemas de saúde), escolas (sistemas de educação), investimentos dentro do Brasil, que pudesse resolver ou minimizar todas as estruturas de base que sustentam o desenvolvimento e crescimento econômico que esse imenso país merece alcançar. As decisões errôneas de governos passados levaram o país para a grave situação que se encontra, por mais paradoxo que pareça, as decisões erradas levaram esse país continente a desenvolver o modal rodoviário ao invés do ferroviário. Nessa encruzilhada que se encontra, ou ponto de inflexão econômica, ou progride para desenvolver uma industrialização tardia ou dá um passo mais largo na produção agrícola de alimentos, tornando-se a maior potência agrícola mundial. O país chega ao próximo escrutínio jogado num polarização entre duas visões de país e de mundo distintas, uma esdrúxula e outra capitalista de mercado, que idealiza e defende a propriedade privada, a liberdade democrática e seu estado de direito, e de outro lado, aquela que nunca deu certo em nenhum país do mundo, mas, que provoca, atualmente, uma total insegurança jurídica, com riscos iminentes à democracia, sem que nada ou quase, o poder executivo possa governar na direção que o Brasil precisa para retomar o crescimento econômico, mesmo a despeito da pandemia de Covid-19. Os cientistas políticos sabem que a alternância de poder é sempre salutar ao sistema político democrático, mas que não precise levar o país à bancarrota de retrocessos antidemocráticos, como assistimos na América do Sul. O Brasil precisa voltar a empreender em diversos setores da economia como está fazendo no agrobusiness. Para os economistas pesquisadores do CEA (Clube de Economia da Amazônia), quase passado o tsunami de saúde pública da Covid-19, o Brasil começa a emergir economicamente, de forma lenta, mas gradual, vejam que o FMI (Fundo Monetário Internacional) elevou de forma expressiva a estimativa para o crescimento econômico da atividade brasileira, na revisão das estimativas em seu relatório Global Economic Perspective divulgado, o FMI passou a estimar o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil neste ano em 1,7%, bem acima da taxa de 0,8% calculada em abril de 2022. Contudo, a projeção do FMI está um pouco abaixo da estimativa do governo brasileiro, que prevê o crescimento do PIB em 2%.  Por outro lado, o FMI está projetando que o PIB Global desacelere para 3,2%, depois da contração econômica global pós-pandemia sanitária, ao invés dos 3,6% anteriormente calculados. Entre os motivos que levaram o FMI a redução da projeção do PIB mundial, está na taxa elevada da inflação mundial, no aumento do preço do petróleo, da energia e dos alimentos em geral, na desaceleração forte na China, devido ao grave lockdown imposto por lá depois de novo surto da Covid-19, nos impactos negativos da guerra Ucrânia X Rússia para a União Europeia e o restante do mundo e a desorganização generalizada das cadeias produtivas no mundo, principalmente na China e Taiwan. Sem embargos de outras análises, o Boletim Focus do BC (Banco Central) divulgou que a taxa de inflação projetada pelo mercado para 2022 deverá ficar em 7,54%, (o processo de desinflação ainda deverá ocorrer ao longo dos próximos meses). Contudo, a velocidade desse processo será bastante gradual, o PIB poderá alcançar 1,75%, o IPCA deverá ficar em 7,79%, a taxa Selic deve se manter em 13,75% e o dólar deverá se manter em R$ 5,13 e o auxílio Brasil em R$ 600 para mais de 18 milhões de famílias. Como se pode constatar a inflação ao consumidor nos Estados Unidos, medida pelo CPI (sigla em inglês para o índice de preços ao consumidor) atingiu 9,1% no acumulado em doze meses até junho, ficando acima da brasileira. Em comentários do pessoal do CEA, a inflação observada nos EUA reflete movimentos de preços que também sentimos no Brasil, como vemos na gasolina, em alimentos e produtos industriais, etc, e como a dinâmica entre oferta e demanda no mundo, também afeta a inflação no Brasil, os preços perdendo ou ganhando força nos EUA – Estados  acabam sinalizando um comportamento a ser esperado também no cenário brasileiro. O Brasil é grande importador de muitos produtos manufaturados de países desenvolvidos, sendo os EUA um de nossos principais fornecedores. Desse modo, quando os preços de determinados produtos sobem por lá, sentimos parte dessa alta também por aqui, via importação. Visto isso, também pelo lado do câmbio, com a diferença da taxa de câmbio do real (R$) em relação ao dólar (US$) –no caso, quanto mais desvalorizada nossa moeda (ou seja, mais alta a cotação do dólar), maior impacto terá a inflação vista nos EUA sobre os nossos produtos. Conforme demonstra o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) até o segundo trimestre o desemprego no Brasil voltou a ficar abaixo de 10%, menor nível desde 2015, depois do desemprego bater recorde provocado pela crise sanitária com efeitos mais devastadores sobre os mais jovens e os negros, principalmente na região Nordeste, mas o Governo não cria empregos, quem o faz é a iniciativa privada, principalmente as micros e pequenas empresas. Assim, depois da Lei de Liberdade Econômica se vê a economia brasileira suplantar as dificuldades econômicas mundiais depois da Covid-19, voltando a fazer investimentos dentro do próprio território brasileiro. Para os economistas pesquisadores do CEA, o futuro poderá ser construído enxergando uma onda de oportunidades que virá para quem souber superar os desafios dos próximos anos, como demonstram e apontam os indicadores macroeconômicos e as projeções de médio e longo prazo, acreditamos que seja o momento das empresas se prepararem para o próximo ciclo de crescimento.

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