A edição desta semana da revista britânica The Economist publica uma reportagem sobre o Bolsa-Família e afirma que o programa social do governo brasileiro “está ganhando adeptos em todo o mundo”. “Os governos do mundo inteiro estão olhando para este programa”, diz Kathy Lindert, do escritório do Banco Mundial em Brasília, à revista.
A Economist afirma que iniciativas semelhantes estão sendo testadas em larga escala em outros países da América Latina e cita uma versão mais refinada do Bolsa Família adotada em Nova York.
De acordo com a reportagem, o Bolsa Família “contribuiu para o aumento na taxa de crescimento econômico do Nordeste acima da média nacional” e ajudou a “reduzir a desigualdade de renda no Brasil”.
A Economist destacou o aumento da presença escolar em Alagoas, onde metade das famílias recebe o Bolsa Família, e afirma que essa melhoria pode “ajudar o programa a atingir o objetivo de romper com a cultura de dependência ao garantir uma educação melhor para as crianças”.
Além da educação, a revista sugere que o programa do governo brasileiro também aumentou o poder de compra entre os mais pobres.
A revista cita ainda outra melhoria na situação econômica dos menos favorecidos no Brasil, provocada pela oferta de microcrédito. A reportagem conta a história de duas famílias alagoanas que se beneficiaram do programa de financiamento e conseguiram abrir um negócio próprio e aumentar a produção de suas microempresas.
A Economist diz ainda que, apesar do sucesso inicial do Bolsa-Família, o programa enfrenta alguns problemas. O primeiro deles, afirma a revista, está relacionado ao temor de fraudes nas informações recolhidas por governos locais para determinar as famílias que têm o direito de receber o benefício e acaba outras pessoas se beneficiando.
Programa social serve de modelo para o mundo
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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