Por anos, os genes têm sido considerados como a única forma pela qual as características biológicas podem ser passadas para a próxima geração, porém, essa teoria está chegando ao fim. Cada vez mais fica evidente que as variações não genéticas, adquiridas no decorrer da vida, em alguns casos, podem ser passadas aos descendentes, e tal fenômeno é conhecido como herança epigenética.
Pesquisas revelam que o genoma humano responde dinamicamente aos fatores ambientais, como o estresse, alimentação, comportamento, exposição a diferentes toxinas, entre outros fatores que são capazes de acionar os interruptores químicos que regulam a expressão dos genes. Este processo é como uma espécie de sombra do genoma que formam o epigenoma.
Especialista em genética médica, Roberto Muller atua efetivamente em prol de pesquisas e estudos, visando detectar eventuais fatores que expliquem as mudanças no comportamento dos genes. “O ambiente pode rapidamente induzir as alterações epigenéticas e serem transmitidas para gerações futuras”, explica o médico.
“A epigenética é definida como modificações no genoma que não envolvem uma sequência do DNA, e que podem ser ocasionadas por fatores ambientais, causando mudanças no corpo, e inclusive no comportamento”, revela o médico geneticista, Roberto Muller.
O especialista revela ainda que nos últimos tempos, um dos fatores mais estudados é a alimentação. “Estudos apontam que a adoção de dietas a base do consumo do ácido fólico e vitaminas do complexo B, ocasionando alteração no comportamento dos genes, principalmente na fase pré-concepcional”, conclui Muller.
Com 31 anos de dedicação na carreira na área da saúde, o médico possui especialização em pediatria e genética médica pela Escola Paulista de Medicina, com atuação ativa em pesquisas e estudos sobre a prevenção de malformações fetais e doenças congênitas, tornando-o referência abordar o assunto.
EPIGENÉTICA – Variações não genéticas passam a descendentes
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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