A indústria brasileira foi a segunda, dentre os países que compõem o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), mais afetada pelos efeitos da crise econômica mundial. Segundo o levantamento “Indústria Brasileira em Foco”, divulgado esta semana pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), apenas a Rússia apresentou desempenho inferior ao Brasil no período entre setembro de 2008 e junho deste ano.
BRIC é um acrônimo criado pelo banco Goldman Sachs para definir o grupo de países em desenvolvimento que mais cresce atualmente.
De acordo com o levantamento, o Brasil registrou, no período, uma retração de 2,5% da produção.
No mesmo período, a indústria russa recuou 32,1% no período.
No polo oposto, Índia e China apresentaram avanço na produção no período analisado.
Os chineses acumularam alta de 24,3% na produção industrial, enquanto os indianos tiveram crescimento de 14,7%. Para a CNI, esse desempenho mostra que a retomada da atividade no Bric está sendo diferenciada em relação ao resto do mundo.
Segundo a confederação, as medidas anticíclicas adotadas pelo governo brasileiro, como as desonerações tributárias, foram as principais responsáveis para o país conseguir se recuperar rapidamente em termos de produção após a eclosão da crise. A CNI estima que, em no máximo três meses, o país retome o patamar de crescimento do pré-crise.
Ainda de acordo com o estudo, o mau resultado obtido pela Rússia pode ser creditado às inseguranças jurídicas no país, que retiraram investimentos internacionais.
Já a China foi beneficiada pelo câmbio desvalorizado, que não afetou suas exportações.
A CNI destaca ainda que Brasil, Índia e China vêm obtendo ritmo de crescimento similar e serão os líderes do crescimento mundial.
Os dados do Brasil só não são tão bons quanto os dos outros dois países, segundo o documento, porque a indústria nacional foi mais afetada pelos efeitos da crise do que a de China e Índia. No entanto, o mercado brasileiro reage de forma mais rápida ao congelamento da economia mundial e sai na frente na recuperação financeira interna.
Brasil foi 2º mais afetado do Bric pela crise
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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