O presidente da Fundação Instituto Butantan, Isaías Raw, afirmou ontem, ao comentar a chegada da cepa do vírus Influenza H1N1 ao Brasil, que a instituição deverá produzir, inicialmente, 30 milhões de doses da vacina contra a doença. A cepa foi enviada ao país pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e recebida no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Ao participar de audiência pública sobre a influenza A (H1N1) –gripe suína– na Câmara dos Deputados, Raw garantiu que não há capacidade industrial, nem no Brasil, nem no resto do mundo, para que todas as pessoas sejam vacinadas. “Isso é conversa, não existe e não vai existir”.
“Trinta milhões [de doses] não vacinam todo mundo”, disse ele, ao destacar a prioridade para profissionais de saúde, dentre outros. “A meta é saúde pública, não é lucro. Prevenir é mais barato do que tratar. Ninguém vai fazer uma loucura e montar milhões de hospitais”, afirmou. A estimativa de Raw é de que a vacina comece a ser distribuída no Brasil em janeiro de 2010.
Sobre a possibilidade de incluir gestantes como grupo prioritário para vacinação –diante do alto número de óbitos provocados pela gripe suína– ele admitiu que não se sabe ainda se há algum efeito da vacina na formação do feto. Para Raw, mulheres grávidas não devem receber a vacina, mas o tratamento com Tamiflu.
Crianças, segundo o médico, também devem ser vacinadas o mais rápido possível, já que muitas vezes o vírus chega aos familiares vindo das escolas. “Mas não vão ser vacinadas este ano porque não há vacina suficiente”, ressaltou.
Butantan deverá produzir 30 milhões de doses de vacina contra gripe suína
Redação
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