O Brasil está sendo denunciado internacionalmente por ambientalistas pelo plantio irregular de transgênicos. Organizações do setor entregaram a representantes de entidades internacionais reunidos na Alemanha documento que aponta falta de ação do governo brasileiro em relação a plantios ilegais e ausência de estudos de impacto ambientais das espécies liberadas pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança).
Os ambientalistas estão participando da reunião de partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que segue, em Bonn, na Alemanha. A denúncia baseia-se em dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e pede a suspensão das decisões que liberaram o plantio comercial de milho transgênico no Brasil.
Apresentamos a cinco organizações da sociedade civil essa denuncia aqui na Alemanha. Ainda não sabemos o que vai acontecer daqui para frente. O que podemos dizer é que o Comitê de Cumprimento recebeu a denúncia e agora ela será avaliada, disse a coordenadora da campanha de engenharia genética do Greenpeace, Gabriela Vuolo.
De acordo com Gabriela Vuolo, todos os documentos anexados são oficiais. Segundo ela, o Brasil foi denunciado por três motivos específicos: a ausência de estudos de impacto no meio ambiente e na saúde, a falta de ação do governo em relação aos plantios ilegais e a falta de participação popular nas decisões sobre o cultivo de transgênicos.
O governo brasileiro foi notificado com uma cópia da denúncia, mas até o momento não se manifestou. Esperamos que o Brasil tome as medidas necessárias e que um comitê verifique o que for feito informou a coordenadora.
Segundo ela, os ambientalistas já haviam encaminhado uma série de perguntas para o Itamaraty questionando o cumprimento do Protocolo de Cartagena, mas nunca receberam resposta.
Brasil recebe denuncia na Alemanha
Redação
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