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Taxa de transmissão do novo coronavírus diminui no AM

A taxa de transmissibilidade do novo coronavírus (RT), no Amazonas, apresentou uma redução de 1,3 para menos de 1,0 nas primeiras semanas do mês de fevereiro. Atualmente a RT está em 0,95, sendo a menor taxa já registrada este ano, colocando o Amazonas na 22ª posição no ranking desse indicador entre os estados brasileiros.

Em janeiro, o estado ocupava a primeira posição no ranking da taxa de transmissão do novo coronavírus no país, com 1,30, o que significa que cada 100 pessoas infectadas transmitiam o vírus para outras 130.

A desaceleração é fruto de uma combinação de fatores, que inclui a restrição de circulação de pessoas no Amazonas, a suspensão temporária das atividades comerciais não essenciais, o aumento dos índices de isolamento e o avanço da vacinação no estado, que também está em primeiro lugar no ranking nacional.

Para o secretário de saúde, Marcellus Campêlo, o retorno das atividades não essenciais depende da queda expressiva de casos e dos óbitos que, apesar de reduzirem, ainda estão em patamares altos.

“Nesse momento estamos apenas com as atividades essenciais em funcionamento e só vamos flexibilizar as atividades comerciais e fazer uma reabertura de forma responsável, quando houver uma diminuição significativa no número de casos de Covid-19”, afirmou o secretário durante entrevista para uma rádio nacional.

O diretor-presidente em exercício da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), Cristiano Fernandes da Costa, explica que mesmo em desaceleração é preciso manter os cuidados, visto que o aumento de casos de Covid-19 no estado ainda é recente.

“As recomendações são as mesmas, principalmente quanto ao uso de máscaras, higienização das mãos, evitar locais com aglomeração, manter o distanciamento social. E mesmo as pessoas que receberam a vacina devem manter a adoção dessas medidas. São medidas necessárias para que a gente possa, de fato, garantir o caminho correto no sentido de combate à doença”, diz.

O secretário da SES-AM destacou também que, apesar de Manaus estar na fase vermelha da pandemia, o interior continua na fase roxa, considerada a fase mais crítica, e que por isso algumas medidas estão sendo reforçadas.

“Estamos orientando os prefeitos do interior a manter o rigor no distanciamento social. Há um efeito retardado em relação a Manaus e região metropolitana com os municípios do interior que são mais afastados. Há algumas regiões do Amazonas em crescimento, mas outras já reduzidas, principalmente aquelas em torno de Manaus”, esclarece Campêlo.

Transferências 

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) tem ampliado as remoções de pacientes acometidos pela Covid-19 dos municípios do interior para Manaus. Somente em janeiro deste ano, foram realizadas 1.208 remoções, por via aérea ou terrestre de pacientes em leitos de menor complexidade nos hospitais dos municípios para leitos de maior complexidade em hospitais de Manaus.

Mini usinas 

O Estado tem instalado mini usinas de oxigênio nas unidades de saúde da rede pública da capital e do interior, principalmente em razão da logística para abastecer os municípios. De acordo com o secretário, a meta atual é a instalação de 74 mini usinas, sendo que 28 delas já foram instaladas e estão produzindo, aproximadamente, 15.000 metros cúbicos em toda a rede.

Antes da pandemia, o consumo de oxigênio em toda rede pública era de, no máximo, 12 mil metros cúbicos de oxigênio por dia e hoje o consumo está em 80 mil metros cúbicos/dia.

Média de mortes e casos confirmados de Covid-19 no Amazonas diminui

Em 14 dias, a média móvel de mortes pela doença caiu 46% em todo o estado
Foto: Divulgação

Em 14 dias, a média móvel de mortes pela doença caiu 46% em todo o estado. Já a média móvel de casos confirmados diminuiu 31%.

Os dados são da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM). O cálculo para chegar à média móvel avalia a variação percentual em intervalos de 14 dias. No caso das mortes, por exemplo, a FVS-AM comparou a soma dos números de óbitos de 1º a 7 de fevereiro com a soma de 8 a 14 do mesmo mês e identificou a redução de 46%.

Nesse mesmo período, os indicadores mostram que, especificamente na capital, a redução na média móvel foi de 41%. Já em relação aos 61 municípios do interior, a queda é ainda maior. A média móvel de mortes no interior apresentou queda de 57%.

Em relação à média móvel de casos confirmados, o interior também registrou queda maior que a capital com uma redução de 33%. Na capital, a atenuação da média móvel registrada foi de 30%.

Ocupação de leitos 

O Governo do Amazonas segue com o trabalho de abertura de novos leitos exclusivos para Covid-19, tendo aberto mais de 160 somente nas últimas duas semanas. O esforço é necessário para fazer frente à necessidade de internação de pacientes com a doença. A taxa de ocupação de leitos, nesta quinta-feira (18/02), é de 92% para Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e de 76% para leitos clínicos.

Flexibilização 

Em razão dessa taxa de ocupação de leitos ainda elevada e para manter o movimento de queda de casos e óbitos, o Governo do Estado recomenda que a população permaneça adotando as medidas de prevenção, como distanciamento, uso de máscara e higienização das mãos.

A redução desses indicadores é fundamental para que novas medidas de flexibilização das atividades econômicas possam ser adotadas. Todas as decisões são tomadas pelo Comitê de Estadual de Enfrentamento da Covid-19, com base em dados da vigilância epidemiológica de da rede de assistência à saúde.

No último sábado (13/02), o governador Wilson Lima anunciou que, em relação à pandemia da Covid-19, Manaus regrediu da fase roxa, que é a mais crítica, para a fase vermelha, que ainda requer restrições à circulação de pessoas para diminuição do contágio. Com isso, um decreto com novas flexibilizações para atividades não essenciais entrou em vigor no último dia 15/02 e tem validade por sete dias, ou seja, até o próximo dia 21.

Foto/Destaque: Diego Peres/Secom

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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