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Produção industrial do PIM retoma fôlego em novembro

Produção industrial do PIM retoma fôlego em novembro

Depois do tropeço de outubro, a produção industrial do Amazonas retomou o fôlego, em novembro. O desempenho bateu a média nacional e avançou novamente sobre o número de 2019. Os acumulados, no entanto, ainda refletem as perdas impostas pela crise da covid-19 – especialmente nos segmentos de combustíveis e veículos de duas rodas, com quedas de dois dígitos. É o que mostram os dados da pesquisa mensal para o setor, divulgada pelo IBGE, nesta quinta (14).

A indústria amazonense acelerou a marcha, e registrou avanço de 3,4%, na passagem de outubro para novembro de 2020 – depois do recuar anterior de 0,7%. O setor também fechou novamente no azul na comparação com o mesmo mês de 2019 (+7,8%), com performance melhor do que a de outubro (+5,2%). Mas, os acumulados do ano (-7,2%) e dos últimos 12 meses (-6%) seguem devendo.

Ao contrário do levantamento anterior, o resultado Amazonas superou a média nacional (+1,2%), entre outubro e novembro, levando o Estado a subir do quinto para o terceiro lugar no ranking nacional do IBGE. Foi precedido por Bahia (+4,9%) e Rio Grande do Sul (+3,8%), enquanto o Pará (-5,3%) ficou em último lugar. Na variação acumulada, o Estado se manteve na 11ª colocação e seguiu abaixo da média brasileira (-5,5%). Pernambuco (+3,2%) e Espírito Santo (-15,9%) ficaram nos extremos desse cenário.  

Informática e eletrônicos

Na comparação de novembro com o mesmo mês do ano passado, a produção das indústrias extrativas voltou a despencar dois dígitos (-12,8%), enquanto a indústria de transformação encolheu 6,9%. Dos nove segmentos da indústria de transformação investigados pelo IBGE no Amazonas, apenas um fechou no vermelho: impressão e reprodução de gravações (DVDs e discos, com -73,5%) – que também liderou a queda na variação acumulada (-31,7%). Na outra ponta, os melhores resultados vieram de borracha e material plástico (+26,8%), enquanto derivados de petróleo e biocombustíveis (gás natural, com +0,3%) registraram sua primeira alta mensal, desde o começo da pandemia.

No acumulado, o segundo pior dado veio de “outros equipamentos de transporte” (motos, com +15,4%) – embora este tenha conseguido subir na variação anual (+11,3%). Máquinas e equipamentos (condicionadores de ar e terminais bancários, com +3,3%), assim como equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (celulares e computadores, com +2,5%) foram os únicos a crescer, enquanto produtos de metal (lâminas, aparelhos de barbear e estruturas de ferro) pontuaram estabilidade – as respectivas performances sobre novembro de 2019 foram +5,8%, 17,5% e +0,5%.

“Demandas reprimidas”

O supervisor de disseminação de informações do IBGE-AM, Adjalma Nogueira Jaques, avalia que a indústria respondeu positivamente em novembro, a despeito dos fortes recuos na indústria extrativa e na produção de discos digitais, bem como as oscilações do subsetor de derivados de petróleo e biocombustíveis. No entendimento do pesquisador, o passivo acumulado pelo setor durante o ano está muito negativo e dificilmente será recuperado.

“A maioria da indústria local voltou a produzir dentro de um patamar de crescimento, nos últimos meses, mas o mesmo não se deu nos subsetores citados. Isso ocorre em função de demandas reprimidas pelo mercado consumidor, ou da dificuldade de produção. No caso da indústria como um todo, restam os dados de dezembro, mas há forte possibilidade de 2020 fechar com queda na produção. As circunstâncias de um ano atípico fizeram com que a atividade industrial não tivesse um bom desempenho”, arrematou. 

Marco Dassori

É repórter do Jornal do Commercio
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