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Manaus FC e Paysandu tem ‘tira-teima’ no domingo

O perigo mora logo ali, na foz do rio Amazonas, numa cidade chamada Belém. Brincadeiras à parte, o Manaus FC perdeu a chance de sair em vantagem, quarta-feira, 3, quando empatou em 1 x 1 com o Paysandu, no Bezerrão, em Brasília, pelas quartas-de-final da Copa Verde, numa partida recheada de polêmicas.

Agora vai tentar conseguir a vaga para as semifinais, domingo, 7, no Mangueirão, às 15h, o caldeirão dos paraenses, onde o amazonense não tem vez, nem voz para gritar. E podem ter certeza que se fosse possível o público ir ao estádio, nesses tempos de pandemia, todos os 35 mil lugares estariam ocupados pelos fanáticos torcedores paraenses, apesar de quase a metade deles estar morando em Manaus.

Detalhe, o Mangueirão está em processo de ampliação e sua capacidade de público vai passar para 53.645 pessoas. É o eterno duelo Amazonas x Pará. Até hoje, desde a Copa de 2014, eles estavam engasgados com a lotação da Arena da Amazônia ser de 44.351 pessoas.

Voltando ao jogo de quarta-feira, sabendo que o jogo de volta seria na casa do temível rival, o Manaus FC deveria ter se empenhado mais em buscar a vitória, mas quem abriu a contagem foi Yan, do Paysandu, ainda no primeiro tempo.

Pra completar o problema do Manaus FC, o time do Amazonas enfrentará um time completamente enfurecido pelo gol (gol?) bizarro feito por Jackie Chan, do Manaus FC. Jornais especializados do país ridicularizaram o gol de Jackie. O ‘Diário do Nordeste’, disse que foi ‘um dos lances mais grotescos da história do futebol brasileiro’.

Uma oportunidade a mais

Aos 26 minutos do segundo tempo, Jackie Chan recebeu a bola na lateral esquerda, fez uma bela jogada e acertou um chutaço de fora da área. A bola explodiu no travessão e tocou o chão, longe do gol, mas incrivelmente o bandeirinha Paulo Cesar Ferreira de Almeida viu a bola entrar no gol e correu em direção ao meio-campo.

Mais incrível ainda é o árbitro Eduardo Tomaz de Aquino Valadão estar próximo ao lance, vendo tudo, e preferir acreditar no bandeirinha, validando o gol que não houve. Revoltados, os jogadores do Paysandu cercaram o árbitro por vários minutos, mas sem VAR, ficou valendo a decisão do árbitro. Eduardo Tomaz é de Goiânia, e é provável que não saiba ter estado muito próximo de provocar uma guerra entre os dois Estados. Nem tanto.

Não bélica, mas a guerra vai haver, conforme declaração da diretoria do Papão: ‘O Paysandu entende que um erro tão grosseiro, grotesco, infame e de tantos outros adjetivos, não pode acontecer em um jogo profissional de futebol (…). O Paysandu é muito grande, não utilizaremos como desculpa, vamos brigar fora de campo, mas a luta continuará principalmente dentro dele’. É ou não é uma declaração de guerra?

Agora bastará uma vitória simples para o vencedor se classificar para as semifinais, onde terá pela frente outros dois times paraenses: Independente, ou Remo.

“Não tem nem o que explicar sobre o gol do Manaus. Apesar de ter sido em nosso favor, foi completamente errado. Isso não existe. Taí a prova que o VAR é necessário, e ainda tem mais. Independente do erro da arbitragem, principalmente do bandeirinha, que induziu o árbitro ao erro, o Manaus não merecia nem ter vencido. O Paysandu jogou com um time base”

Rafael Damasceno, podcast Tribo da Bola

“Outro demérito para o Manaus é sobre suas vitórias anteriores terem sido sobre times bem fracos, tipo times de várzea. O Ji-Paraná, de Porto Velho, ainda está se profissionalizando. O Atlético Acreano, de Rio Branco, joga a Copa Verde todo ano e nunca vai adiante. É obrigação do Manaus vencê-los, pelos altos investimentos que tem recebido”, falou.

“Sobre o jogo de domingo, não digo que o time do Paysandu vem com mais raiva. Mas eles vão ver naquele erro uma oportunidade a mais para vencer o Manaus”, concluiu.

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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