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A Empresa

Expediente

Presidente (in memoriam): Guilherme Aluízio de Oliveira Silva

CEO: Sócrates Bomfim Neto

Superintendente: Adalberto A. dos Santos

Diretor de Mercado: Ubaldino Meirelles

Diretor de Redação: Fred Novaes

Empresa Jornal do Comércio Ltda.

Fundado em 2 de janeiro de 1904 por J. Rocha dos Santos

Endereço: Av. Tefé nº 3025 – Japiim – CEP 69078-000 – Manaus – Amazonas – Brasil

Telefone: (0xx92) 2101-5500

FAX: (0xx92) 2101-5523.

Histórico

Uma chama perene
Eustáquio Libório
“Chamo de ‘jornalismo’ tudo que será menos importante amanhã que hoje.”
(J’appelle ‘journalisme’ tout ce qui sera moins intéressant demain qu’aujourd’hui.) André Gide

“Cada jornalista é para o comum do povo, ao mesmo tempo um mestre de primeiras letras e um catedrático de democracia em ação, um advogado e um censor, um familiar e um magistrado. Bebidas com o primeiro pão do dia, as suas lições penetram até ao fundo das consciências inexpertas, onde vão elaborar a moral usual, os rudimentos e os impulsos, de que depende a sorte dos governos e das nações.” Ruy Barbosa

Nasce o Jornal do Commercio

A República é ainda uma jovem de quatorze anos, cujos princípios estão em plena fase de consolidação sob o governo de Rodrigues Alves, naquele ano de 1904. No Rio de Janeiro, capital da incipiente República, é o ano no qual será discutida e finalmente aprovada a vacina obrigatória contra a varíola. No campo econômico, o Banco da República tem seus estatutos modificados em assembléia de acionistas e passa a se denominar Banco do Brasil.

O Estado do Amazonas é chefiado por Silvério Nery, sucedido ainda em 1904 por Constantino Nery, cujo vice-governador é Antonio Bittentcourt.

O Amazonas vive a fase aúrea da exportação da borracha, cujo volume naquele ano totaliza 33.090 toneladas, que proporcionou um dos maiores ciclos de desenvolvimento ao nosso estado.

Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello (1892-1968), mais tarde um dos mais poderosos jornalistas deste país e criador dos Diários Associados, é um estudante de doze anos de idade e levaria ainda nove anos para se formar em direito no Recife. É neste panorama histórico e de fausto em nossa região que nasce o Jornal do Commercio sob a inspiração de Rocha dos Santos.

É um jornal combativo e nesta posição, durante o governo de Jonathas Pedrosa (1913-1917), está em sua linha de frente o destemido e mais aguerrido ainda Vicente Reis. Polêmico, Reis mantém com o governador muitas controvérsias, até que um dia Pedrosa ordena a prisão de Reis tão logo este saia da redação do Jornal do Commercio. É a partir deste episódio, sempre negado por Reis, que a história do Jornal do Commercio passa a ser mais conhecida.

A polícia aguarda Vicente Reis na saída do jornal, este, usando uma técnica que mais tarde viria a ser utilizada pelo mentor dos Diários Associados, caracteriza-se como uma mulher: de vestido, salto alto e sombrinha consegue driblar a vigilância policial e escapa da prisão ordenada pelo governador.

A Escola

Mais tradicional jornal da cidade de Manaus, o Jornal do Commercio abrigou entre seus colaboradores o filho de Vicente Reis, Arthur Cezar Ferreira Reis, que viria a ser um dos mais renomados intelectuais do Estado do Amazonas; extrapolando nossas fronteiras ao tornar-se cientista reconhecido em todo o Brasil e autoridade incontestável em Amazônia.

Ele foi o primeiro superintendente da SPVEA, embrião da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia), a convite do então presidente da República, Getúlio Vargas. Também foi o primeiro governador do período militar inaugurado em 1964.

É fato conhecido e contado pelo autor de Os Bucheiros, o escritor Áureo Nonato, ter tido as páginas do Jornal do Commercio como cartilha para alfabetização. Ele, assim como muitos outros naqueles tempos de dificuldade e estagnação econômica, tiveram a oportunidade de conhecer o Jornal do Commercio num período de grande florescência e realização.

Entre figuras destacadas que aqui prestaram valiosos serviços, ajudando a manter acesa por período que já ultrapassa um século a chama desta instituição, podemos citar o escritor e compositor Anibal Beça; o atual secretário estadual de Cultura Robério dos Santos Pereira Braga; o ex-diretor de redação de ‘A Crítica’, Frânio Lima; o historiador e escritor Mário Ypiranga Monteiro; o renomado professor João Crisóstomo de Oliveira além de Epaminondas Barahuna e José Cidade de Oliveira. Este são alguns dos muitos colaboradores que ajudaram a construir e por muito tempo fizeram o Jornal do Commercio.

Probidade

Entre fatos marcantes vividos na longa história do Jornal do Commercio um se reveste da maior importância por discutir as bases em que estava assentada a legislação de incentivos propostos e praticados pela Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus). Trata-se da sonegação praticada naquela autarquia, e que veio à tona em 1986 pelas páginas do Jornal do Commercio, tendo ficado conhecido como o ‘Escândalo do Colarinho Verde’.

Podemos dizer que havia um esquema para burlar o Fisco através de importações mascaradas, internação de mercadorias sem que estas chegassem a seu destino (Manaus). Como resultado das informações veiculadas por este matutino, que foi virtualmente o único a cobrir os fatos, houve a demissão do superintendente da autarquia e sua substituição por um interventor. Por causa disso, o Jornal do Commercio sofreu retaliações pela postura assumida, sem falar nos interesses contrariados…

Centenário, o Jornal do Commercio iniciou seu vôo três anos antes de Santos Dumont contornar a Torre Eiffel. É testemunha e protagonista de dois ciclos de riqueza e desenvolvimento do Estado do Amazonas, de várias revoluções pelas quais a Terra de Santa Cruz teve que passar contornando os obstáculos para chegar ao Estado de direito no qual hoje vivemos. Mais longevo que o regime inaugurado em Moscou, em 1917, assistiu a construção do muro que separou em duas a Alemanha do pós-guerra, viu também sua destruição, e assistiu a Europa ser redesenhada três vezes: nos dois pós-guerra e no fim do império soviético.

O Jornal do Commercio é um registro vivo das mudanças ocorridas na maneira de se fazer jornal, tanto nas novas tendências e escolas do jornalismo quanto nas tecnologias utilizadas por seus colaboradores para fazê-lo chegar às mãos dos leitores. Surgiu no tempo dos tipos móveis, da composição manual, letra a letra, passando pelas máquinas linotipo, das composições em galeras, quando esta palavra significava uma espécie de forma onde eram depositadas as barras de chumbo que compunham uma linha de texto e seu conjunto formava a coluna de texto. Hoje uma ‘galera’ é algo bem mais violento que o empastelamento de uma página.

Do tempo do telégrafo, mas atualizado com estas novas tecnologias, o Jornal do Commercio está plugado na internet e nas facilidades das comunicações via satélite, que é produto da corrida empreendida entre os dois regimes políticos que se antagonizavam pela hegemonia na conquista do espaço e na influência e dominação geopolítica de nosso planeta.

Mantendo sua postura pioneira, o Jornal do Commercio, em 1999 adota novo modelo de gestão ao optar pela administração em sistema de cooperativa, fase que durou até janeiro de 2000, quando volta a ser à foram tradicional de administração pelos seus atuais sócios-proprietários.

A partir daí, o JC adota postura mais dinâmica certificar-se pela norma 9001-2000, conquista pioneira para empresas jornalísticas brasileiras na época na qual ocorreu, no início da 1ª década do século 21.

Ao segmentar-se, buscando atender os interesses específicos, deu a seus leitores a oportunidade de conseguir ler, na Amazônia, um veículo impresso voltado basicamente para atividade econômica, voltado para a defesa dos interesses de crescimento e desenvolvimento econômico do Estado do Amazonas.

Em 2007, ao optar por descentralizar sua administração, o JC confia a seus colaboradores a oportunidade de opinar sobre os destinos da instituição de maneira mais formal ao criar colegiado, em nível de diretoria, com esta atribuição específica.

Fazem parte do grupo empresarial Jornal do Commercio também a Rádio Baré, que transmite a programação da Rádio Globo em Manaus, além da SB Imóveis.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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