O ano de 2019 para o Estado do Amazonas marca a estréia de Wilson Lima (PSC) como Governador do Estado, eleito em 2018 com 58.50% dos votos no segundo turno, derrotando o então governador Amazonino Mendes que concorria a reeleição.
Wilson Lima assumiu o governo já enfrentando desafios e ameaças, a exemplo das declarações do Ministro Paulo Guedes, que chegou a dizer que o modelo é "ruim" e custa bilhões em renúncias aos cofres da união, levando a bancada do Amazonas, composta pelos senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB), além dos deputados federais José Ricardo (PT), Bosco Saraiva (Solidariedade), Capitão Alberto Neto (PR), Delegado Pablo (PSL), Marcelo Ramos (PL), Sidney Leite (PSD) e Silas Câmara (PR), se reunirem para a blindar a Zona Franca de Manaus, discutindo competitividade sobre os demais Estados, já que a PEC 110/2019 tem no seu texto alterações tributárias que inviabilizariam o atual modelo.
Em contrapartida, o atual Governo Federal já sinalizou a intenção da retomada de obras e recapeamento da BR-319, principalmente a região conhecida como "meião", que compreende o trecho de 400 quilometros entre Porto Velho e Manaus. O desafio para governo Federal e Estadual é alinhar a conservação do meio ambiente e o desenvolvimento econômico da região.
O Governador do Amazonas Wilson Lima destacou que o importante é também encontrar caminhos não só para o modelo Zona franca, como para outras matrizes econômicas. "O nosso governo quer fazer investimentos no setor primário, como nós temos feito, na questão da bioeconomia que é a atividade econômica mais significativa do futuro, a mineração e abertura de mercado para gás e óleo, como nós estamos fazendo no campo do azulão em Silves e a monetização dos campos no Juruá". Afirma o Governador.
Em entrevista ao Jornal do Commércio na última segunda (30), o Governador fez uma breve avaliação sobre o primeiro ano de governo e as projeções para 2020.
Jornal do Commercio – Como o senhor encontrou as contas ao assumir o governo?
Wilson Lima – 2019 foi um ano desafiador, com dificuldades, nós encontramos o governo com um passivo muito grande, com deficit e dívida de aproximadamente 3 bilhões de reais e a nossa primeira grande missão era encontrar este equilíbrio fiscal, e então nós tivemos que tomar atitudes mais duras, mais necessárias para que nós pudéssemos honrar com compromissos de serviços básicos, como pagamento dos servidores, a manutenção e serviço na área de saúde, segurança e de infraestrutura.
JC – O que foi feito para que ajuste destas contas?
WL – Chamei as instituições financeiras para que a gente pudesse renegociar, foi um ano para nós colocarmos em dia as contas do Estado e começar a planejar o que nós queremos para o restante deste mandato.
JC – As promessas de campanha estão sendo cumpridas?
WL – Fiz um levantamento de todos os compromissos que nós havíamos feito na campanha de 2018, e dos 42 compromissos que nós fizemos, 15 já foram integralmente cumpridos, e 17 já estão em andamento.
JC – Qual a projeção do governo para o ano de 2020?
WL – No ano de 2020 nós vamos começar o sistema de implementação de modernização do sistema de saúde, com prontuário eletrônico, controle de medicamentos, inteligência artificial, controle administrativo, a reforma e ampliação do hospital João Lúcio, começar a construção de um hospital em Manacapuru, na área de infraestrutura vamos iniciar o processo de pavimentação da AM-010, trabalhar para concluir a AM-070, vamos continuar as obras do anel sul e leste que iniciamos no ano de 2019. Na área de segurança pública nós avançamos com a diminuição de todos os índices de violência, vamos implantar a base arpão entre os municípios de Tefé e Coari, adquirindo lanchas blindadas. Estamos caminhando neste processo para melhorar a qualidade de vida das pessoas no Estado do Amazonas.
JC – Qual mensagem o senhor deixa para o Jornal do Commércio que completa 116 em 2020?
WL – O jornal do commércio é um jornal tradicional, o segundo mais antigo do País e dá uma contribuição significativa para o desenvolvimento econômico da nossa região, o seu Guilherme Aluízio sempre foi alguém antenado, sobretudo das questões que tratam da zona franca de Manaus, ele sempre esteve nesta vanguarda, e o jornal do commércio continua dando essa contribuição, a família e os diretores continuam nesta construção que ele começou a fazer.
