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Wilson e Petrúcio acabam com descaso de 24 anos

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Esse período equivale a seis mandatos de governador, seis mandatos de deputado estadual, seis mandatos de deputado federal e três mandatos de senador sem que o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) tenha entrado em pauta no estado do Amazonas. Essa ferramenta beneficia o produtor rural e já existe em todos os estados, menos no nosso. Vergonhoso!

No dia 29 de março, no gabinete do superintendente federal de agricultura, Guilherme Pessoa, aconteceu o primeiro encontro para definir os caminhos para iniciar o ZARC no Amazonas. Primeira reunião sobre esse assunto em 24 anos. Presentes a Embrapa, FAEA, FETAGRI, IDAM e SEPROR. Isso tudo está acontecendo diante da promessa de campanha, sensibilidade e da determinação do governador Wilson Lima que vem dando provas concretas de apoio ao setor primário com o objetivo de tirar o Amazonas do buraco econômico e social, assim como reduzir a dependência do modelo PIM/ZFM.

Mês passado, o secretário Petrucio, acompanhado do Muni Lourenço (FAEA) e do Guilherme Pessoa (MAPA/SFA), esteve com a ministra Tereza Cristina que sinalizou positivamente a todos os pleitos apresentados pelo atual governo, incluindo o ZARC. Justiça seja feita, o ZARC sempre esteve em pauta nos pleitos da FAEA, FETAGRI e OCB, mas lamentavelmente ignorado por nossas autoridades que optaram por discursos vazios e eleitoreiros em defesa do produtor rural, discursos sem estudo, sem conhecimento, sem aprofundamento dos temas que levaram o Brasil a ser uma potencia mundial no agronegócio familiar e empresarial.

É por isso que temos metade da população na extrema pobreza. O modelo PIM/ZFM levou o Amazonas a ter 49,2% de sua população passando fome. Só agora, depois de cinco décadas, os defensores do PIM estão falando nas potencialidades do setor primário. E ainda estão errando gravemente de estratégia quando negociam a intocabilidade da floresta em defesa da manutenção dos privilégios tributários. Já existem tecnologias disponíveis para o crescimento sustentável.

ZARC começou em 1996

O ZARC já existe no Brasil desde 1996. Ele auxilia o produtor rural na gestão de riscos da lavoura e assegura o uso de linhas de crédito, seguro e programas sociais. O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) é uma ferramenta de políticas agrícolas e gerenciamento de riscos de safra. O principal intuito de tal ferramenta é indicar as culturas mais adaptadas ao clima de cada região bem como à época de semeadura/plantio de cada espécie.

Para tal, o ZARC leva em consideração fatores edáficos (tipo e textura de solo) e climáticos (temperatura, chuva, balanço hídrico, risco de geada, etc). A primeira utilização do ZARC no Brasil ocorreu 1996 para a cultura do trigo. A ferramenta é revisada anualmente e é publicada na forma de portarias no Diário Oficial da União e no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Atualmente, o ZARC já abrange 40 culturas, sendo 15 de ciclo anual e 24 perenes, além do zoneamento para o consórcio de milho com braquiária. A ferramenta, além de ser utilizada para evitar reduções de produtividade e danos econômicos nas lavouras brasileiras, também é fundamental para utilização do crédito e do seguro agrícola, bem como de programas do governo federal como Proagro.

*Thomaz Antonio Perez da Silva Meirelles é servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]

Thomaz Meirelles

Servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]
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