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Voos no AM em baixa no primeiro quadrimestre

O cenário adverso em função da pandemia fez o movimento de fluxo de passageiros no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes registrar queda de 29,5% no primeiro quadrimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados divulgados pela Infraero indicam também reflexo negativo de 45% quanto ao volume de voos dos primeiros quatro meses deste ano  em relação ao primeiro quadrimestre de 2019.

Foram 541.813 movimentações entre janeiro e abril que totalizam o volume de embarques e desembarques. Confrontando os quatro primeiros meses de 2020 esse fluxo foi de 768.448 passageiros. Pelo levantamento da Infraero, o quadrimestre de 2020 apresentou melhores resultados que os meses deste ano.

Para o presidente da Abav-AM (Associação Brasileira das Agências de Viagens do Amazonas), Roberto Cunhago, o  período analisado está ligado à questão econômica que o País vem enfrentando. “Está  pesando porque houve cancelamento de voos, sinal que não está tendo procura a demanda caiu e reduziu os voos. Reflexos da pandemia que trouxe essa retração. Nós estamos aguardando um incremento para o segundo semestre que coincide com o verão amazônico”.  

Fluxo de passageiros no Eduardo Gomes teve queda de 29,5% no quadrimestre
Foto: Divulgação

Ele lembra que há  uma expectativa de melhora em todo o setor. E destaca que, hoje,  existe a consciência de que os viajantes compram seus pacotes direto na agência. Opção que traz confiança e mais segurança.  

“Havia uma perspectiva em 2020, mas a pandemia começou em março e o que tenho visto nas reuniões do setor é que há um otimismo, inclusive do  próprio passageiros assim que todos forem imunizados. Eu acredito que devam  investir massivamente no turismo nacional. E o setor quer aproveitar essa demanda reprimida de viajantes para oferecer um produto nacional, espero que aconteça.  É um plano do turismo nacional”. 

A empresária Cláudia Mendonça, da Paradise Turismo confirma a retração na agência muito em função de que as pessoas estão no aguardo da liberação das fronteiras. 

“Nós não conseguimos entrar basicamente em nenhum país. Só nos restam oito no momento. Mesmo assim ficamos sem voos internacionais. Voar para o Brasil é  impossível devido os outros estados estarem passando pelo pico da pandemia. Então todos parte temerosos e outra parte  loucos para viajar”. 

Essa queda é um reflexo automático nas agências.  “A gente está tentando administrar as viagens que foram compradas há um ano. Não tínhamos ideia que essa situação ia se estender por tanto tempo. Está bem difícil. A solução é a vacina. A Europa está comemorando essa volta gradativa à  normalidade. Mas a esperança é que agora a gente vai começar a vacinar em massa, visto que estamos com um volume elevado de distribuição do imunizante para as cidades”, estima Claudia. 

No cenário de projeção, ela acredita que  o mercado vai se movimentar um pouco porque a fronteira  no Brasil está aberta. Mas lembra que é  preciso melhorar a nossa imagem para os outros países em relação a Covid. 

No mês passado, o vice-presidente de turismo emissivo da Abav-AM (Associação Brasileira de Agências de Viagens do Amazonas), Jaime Mendonça, que tem acompanhado esse comportamento do setor durante o ano atípico que mudou as nuances do turismo no país  enfatizou que o movimento vem reduzindo exponencialmente, inclusive a demanda por pacotes com destinos as praias que eram os mais procurados, principalmente pelos amazonenses, havia sentido os efeitos desta demanda.

“O mesmo comportamento aconteceu o ano passado e deve perdurar até que tenha um nível alto de pessoas vacinadas. Eu espero que tenhamos ao menos 50% da população imunizada”. 

Otimismo

O ânimo das agências de viagens está justamente no segundo semestre de 2021. O proprietário da agência de viagens Anderson Souza, diz que muitos clientes estão planejando viagens para o segundo semestre e início de 2022.

Ele conta que a queda está associada ao lockdown de algumas cidades que fazem parte da maior venda, saindo de Manaus, como os destinos de Fortaleza e São Paulo, “muitos clientes acabaram desistindo e tentando remarcar novamente para o segundo semestre”.  

Para ele, na segunda onda o número de voos cancelados, foi bem menor em relação à primeira, e que as companhias souberam lidar com o momento em que o setor está passando.

Outros dados

A redução na demanda pelo transporte aéreo no Estado, também apresentou índices de redução. O saldo entre embarque e desembarque, em abril, chegou a pouco mais de  102 mil passageiros que transitaram pelo  aeroporto, correspondendo  a terceira queda seguida no fluxo de passageiros em 2020

Detalhando os números do fluxo de passageiros no aeroporto no mês de janeiro foram 196.023, fevereiro 126.415, no mês de março 116.994, em abril o número foi 102.391. 

Contrapondo ao mês de abril do ano passado foram 20.320, o que representa resultados positivos com incremento superior a 400% na demanda por voos.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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