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Volkswagem e Bertin se juntam para desenvolver programa pioneiro

A Volkswagen Caminhões e Ônibus e o Grupo Bertin iniciam em setembro os testes de um programa pioneiro em biodiesel no Brasil. Utilizando matéria-prima de origem animal, o objetivo é iniciar as pesquisas com a mistura de biodiesel ao óleo diesel tradicional numa proporção de 20% –chamado combustível B20.
Hoje, a montadora já oferece garantia de fábrica a veículos que utilizam mistura a 2% (B2). Seis caminhões Volkswagen Constellation 19.320 participarão dos testes, e foram apresentados na terça-feira ao presidente Luís Inácio Lula da Silva durante a inauguração de uma usina de biodiesel da Bertin em Lins (SP).
“Além de ser um dos maiores clientes da Volkswagen Caminhões e Ônibus em todo o mundo, o Grupo Bertin se destaca por seu respeito ao meio ambiente, buscando formas de aproveitamento racional de toda a matéria-prima disponível nos seus processos industriais. Estamos orgulhosos em fazer essa parceria que tem importância estratégica para o nosso país”, disse Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus.
A montadora é pioneira na pesquisa de biodiesel aplicado a veículos comerciais no Brasil. Os estudos começaram em 2003, quando a Volkswagen Caminhões e Ônibus aderiu ao programa Riobiodiesel, em parceria com o governo do Estado do Rio de Janeiro. E dos 36 caminhões e ônibus testados pelo Programa Nacional de Testes de Biodiesel entre 2005 e 2006, metade deles era da marca Volkswagen.
No momento, o fabricante com linha de produção em Resende (RJ) realiza testes com mistura B5 na frota de ônibus urbanos do Rio de Janeiro.

Rigor científico

Antes de os testes com os caminhões do Bertin serem iniciados, três deles receberão motores e sistemas de alimentação de combustível previamente analisados e preparados pela Engenharia da Volkswagen Caminhões e Ônibus. Esta contará com o apoio da Cummins Latin America e da Bosch para definir a compatibilidade dos materiais utilizados nas peças com o biodiesel misturado ao óleo diesel dos caminhões.
A mistura será feita num tanque de 15 mil litros instalado na garagem da frota da Bertin em Lins (SP). Os três caminhões restantes atuarão como “sombras”, veículos de referência para os protótipos.
Para o Grupo Bertin, que atua nos segmentos de agroindústria, infra-estrutura e energia, o interesse é utilizar a gordura animal proveniente de seus processos produtivos. O produto será utilizado nos caminhões da frota da empresa, e também comercializado no mercado interno.
A pesquisa da Volkswagen Caminhões e Ônibus e do Bertin tem autorização especial da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. E a usina do Grupo Bertin, inaugurada na terça-feira em Lins (SP) produz o biodiesel de acordo com as especificações da norma ANP 42/2004. A capacidade anual é de 110 milhões de litros do biocombustível.
“Queremos conhecer ao máximo as diferentes matérias-primas disponíveis no mercado para a produção de biodiesel em escala comercial. Para isso, criamos um procedimento especial para a realização desses testes, acompanhando desde a qualidade da mistura B20 até os cuidados especiais para a manutenção dos caminhões. Na primeira fase, fizemos testes de bancada para obtermos as curvas de referência dos motores, como desempenho, emissões e consumo”, explicou Gian Marques, engenheiro do produto da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

Constellation na África

Começou ontem, em Port Elizabeth, na África do Sul, a produção de caminhões Volkswagen Constellation. Serão produzidas até 2.000 unidades ao ano, inicialmente destinadas ao mercado local e a quatro países vizinhos: Lesoto, Suazilândia, Botswana e Namíbia. Quinze concessionárias autorizadas venderão os modelos. Os caminhões sul-africanos terão direção do lado direito –os primeiros na história da Volkswagen Caminhões e Ônibus. A nova configuração permitirá estudos para atendimento a mercados até agora inexplorados pela marca na África e na Ásia.
“A oferta de produtos com direção do lado direito começ

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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