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Você tem uma ‘atitude kaizen’?

Não é de hoje que a ideia de “melhoria contínua” é dita e repetida nas empresas. E o discurso, já quase um “mantra” corporativo, parece ser sempre o mesmo: é sempre possível, dentro das organizações, encontrar uma oportunidade de fazer algo melhor do que já é feito.
Na prática, porém, “melhorar” não é das tarefas mais fáceis. A primeira e maior dificuldade para isso é conseguir realmente “enxergar” o que precisa ser melhorado. E a segunda é “como” fazer alguma coisa a respeito para concretamente melhorar o que não funciona direito.
Dentro desse contexto, diversas empresas, em suas respectivas jornadas, estão atualmente muito preocupadas em disseminar as ferramentas e práticas do Sistema Lean para efetivamente gerar melhorias em seus processos.
Nada mais certo do que isso. Mas devemos sempre nos lembrar que as atitudes e comportamentos das pessoas são muito importantes quando é preciso melhorar alguma coisa.
Trata-se de um conceito de ampla aceitação. Afinal, quem não quer melhorar? Mas independente das técnicas e procedimentos de se efetuar, na prática, uma ação de melhoria, o desafio mais importante é estimular nas pessoas algo que é mais básico e primordial: uma “atitude kaizen”.
Mas o que é isso? Significa desenvolver nas pessoas um modo de encarar a realidade de modo a tornar todas as ferramentas e práticas efetivamente capazes de gerar melhorias de forma contínua e sustentada.
A atitude kaizen envolve uma mentalidade que enfatiza:
1. Desafio. Aceitar e apreciar desafios com uma atitude pró-ativa;
2.Inconformismo. Reconhecer e não tolerar a existência de desperdícios e de atividades que desapontam os clientes;
3. Aprendizado. Valorizar novas experiências e apreciar adquirir novos conhecimentos;
4. Inovação. Ser capaz de pensar “fora da caixa” e criar soluções novas para problemas a princípio não solucionáveis;
5. Cientificismo. Usar amplamente e dominar o método científico no dia-a-dia.
Sem tais atitudes, as ferramentas para fazer kaizen se esvaziam e se tornam burocráticas. O inverso também é válido: sem as práticas e técnicas certas, a atitude kaizen gera ações pouco focalizadas e, consequentemente, frustração.
O correto é combinar as atitudes certas com as ferramentas certas. Aí sim a empresa vai poder fazer kaizen em todos os níveis, em todas as áreas e envolvendo todas as pessoas.
Em tempo: também é importante salientar que no Sistema Toyota há pelo menos três diferentes tipos de kaizen, específicos para os diversos níveis da empresa:
1 – O “kaizen do negócio”: No nível estratégico da empresa, a partir da visão de negócio, o líder da organização define os rumos e as diretrizes da companhia, procurando maximizar a utilização dos recursos e atender melhor os clientes.
2 – O “kaizen do sistema”: no nível dos fluxos de valor da organização, ocorre quando a empresa examina cada fluxo de valor específico, usando a ferramenta do Sistema Lean do Mapeamento do Fluxo de Valor –técnica que faz um mapa de todos os processos da empresa, visando descobrir desperdícios, oportunidades de melhoria e assim definir estados futuros melhores.
3 – E o “kaizen pontual”: no nível dos processos, ocorre quando a empresa olha de perto os seus processos individuais, visando melhorá-los.
Independentemente do nível, todos igualmente importantes e complementares, está a necessidade de se mudar a atitude e comportamento das pessoas.
E então: você tem uma “atitude kaizen” na sua empresa?

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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