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Curso ensina arte da coquetelaria

Visual, cor e sabor

Quem não gosta de um belo coquetel, e melhor ainda se o sabor for o resultado perfeito de uma mistura de bebidas e frutas? E qualquer pessoa, no conforto de sua casa, pode criar e fazer mil e um tipos diferentes de coquetel, ao menos é o que garantem a bartender e mixóloga venezuelana Nohemi Morillo, e o barman, maitre e gastrônomo Márcio Gonzaga que no dia 12, domingo, das 13h às 17h, irão ministrar um curso de coquetelaria básica, na pizzaria Ponto do Rodízio, na Ponta Negra.

Nohemi Morillo começou na profissão ainda na Venezuela, e se especializou no Brasil.

Para a jovem não existe nenhum segredo na preparação e no resultado de um bom coquetel.

“O que devemos é procurar conhecer o gosto de nossos clientes, inclusive analisando as suas personalidades e até ambiente que eles gostam de frequentar”, disse.

Márcio pensa da mesma forma.

“Segredo não tem. É questão de sabor, de satisfazer o gosto do cliente. A dica que tenho pra dar é dispensar atenção na harmonização: drinques adocicados, ou sauer mais ácidos, vai do gosto do cliente, mas para que agrade, tem que ter coerência no preparo. É como preparar um bolo. Se errar a receita, estraga tudo”, falou.

“Na coquetelaria, que faz parte da gastronomia, devemos saber as dosagens corretas para se obter boas bebidas. Quanto às variações de sabores, temos mil e uma variações”, ensinou.

Márcio tem formação em coquetelaria, é professor de gastronomia, possui um bar, organiza eventos e participa de cursos, como o de domingo.

Criatividade sem limites

Quem costuma saborear coquetéis, sabe que a característica principal da bebida, além das misturas tradicionais, é a decoração do copo, bem como a nuance de cores que as frutas, junto com os destilados, dão ao resultado final.

“Costumo dizer que, na coquetelaria, a criatividade não tem limites tanto no preparo de um coquetel quanto na decoração de um copo. A coquetelaria é uma arte maravilhosa na qual o mixólogo está sempre em busca de fazer algo inovador”, revelou Nohemi.

“Para se ter uma ideia, a criatividade é tanta que mesmo as receitas clássicas, como o Mojito, ou o Sex On The Beach, e tantas outras, têm variações e releituras em suas composições. Até a brasileiríssima Caipirinha possui variações enormes, com frutas misturadas a outros destilados, mas é preciso ter muito cuidado para não extrapolar na releitura de um clássico, e mesmo quando se cria algo novo”, alertou.

Márcio lembrou que praticamente todas as bebidas adotaram copos específicos, como a cerveja, o vinho, a cachaça e com os coquetéis não é diferente alguns, inclusive, até tendo os copos como objetos de desejo dos clientes, como as canecas de cobre do Moscow Mule.

Copo do Moscow Mule é objeto de desejo entre os consumidores

“E o primordial são os insumos, que as pessoas chamam de enfeites, as conhecidas sombrinhas coloridas. Mas há uma boa variedade, como palitos, espadas, flores e mais recentemente folhas de pancs (plantas alimentícias não convencionais). Esse conjunto de bebida colorida, mais o copo e os insumos são os responsáveis por dar um charme que só o coquetel tem”, afirmou.

“E ainda têm os cortes nas cascas do limão, da laranja, que também viram insumos”, completou.

Com cor ou sem cor

Sobre as bebidas e as frutas, Nohemi e Márcio têm gostos bem diferentes.   

“Por eu ser venezuelana e a Venezuela ser um país tropical, aprecio muito o rum e a vodka, bebidas excelentes para se trabalhar. No Brasil, porém, aprendi a utilizar a maravilhosa cachaça, então foco nessas três bebidas nos coquetéis que crio. Já as frutas, adoro abacaxi e laranja, e aqui em Manaus aprendi a amar o cupuaçu”, riu.

Márcio vai das clássicas: morango e kiwi; às regionais: araçá boi, maracujá do mato e tangerina. E considera a vodka a melhor bebida para preparar um coquetel.

“O importante é a integridade da fruta e a qualidade da bebida. Encontramos vodkas de R$ 9, a R$ 200, e intermediárias de R$ 25, a R$ 35. Se a vodka não for de qualidade, pura, então o resultado final não será bom. Eu indico a Orloff, a Smirnoff, a Absolute, a Belvedere que, com certeza, não vão estragar seu paladar”, garantiu.

Quanto às cores do coquetel, Nohemi prefere as cores vivas, como o vermelho, o azul, o roxo, mas Márcio revelou que as cores influenciam mais pelo visual.

“A Margarita, por exemplo, tem um branco gelo, mas é uma bebida maravilhosa, não tem quem não goste. Já o Hi Fill, laranja, é fantástico. Mas se o cliente quer cor, então servimos um Sex On The Beach, vermelho, laranja e amarelo, inclusive o vermelho e o amarelo são cores que nos estimulam a comer e beber”, esclareceu.  

Concluindo, o casal de especialistas em coquetéis aproveitou para indicar receitas rápidas e fáceis de fazer, mesmo em casa.

“Indico o ‘Capotira’, que significa ‘mãe do mato’, feito com gim, suco de laranja e água tônica. Simples, porém, muito gostoso”, afirmou.

“Pra mim, a receita da Caipirinha tradicional, apenas mudando os insumos: limão, cachaça de jambu, mel e ramo de jambu com flor”, finalizou.

Serviço:

O que: Curso de coquetelaria básica

Onde: Pizzaria Ponto do Rodízio

Av. Coronel Teixeira, 185 – Ponta Negra

Quando: Dia 12, domingo, das 13h às 17h.

Informações: 9 9228-5203

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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