Pesquisar
Close this search box.

Visões artísticas da Amazônia

Um sábado com muita arte é o que promete a vernissage das artistas plásticas Hadna Abreu e Gisele Riker. A primeira com a exposição ‘Amazônia ao cubo’, e a segunda com ‘Amazônia surreal’. O evento acontecerá no Espaço Casa Som Amazônia (rua Travessa Planalto, 3, Parque Dez de Novembro), a partir das 19h, e faz parte da programação do circuito cultural Amazon, realizado pela Casa Som. O acesso é gratuito, mas é necessário agendamento prévio através do Circuito Casa Som Amazônia – Sympla.

‘Amazônia ao cubo’ consiste na produção de obras, literalmente cubos, bastante sensíveis, interativos e animados, com tamanhos variados, que estimulam os quatro sentidos humanos: visão, tato, olfato e audição, de uma forma totalmente inovadora.

“Todas as obras que compõem ‘Amazônia ao cubo’ foram projetadas para serem percebidas de diferentes modos, como por exemplo, por meio da interação com sons, luzes ou sensores, e outras ferramentas eletrônicas, milimetricamente pensadas para que os visitantes possam explorar ao máximo toda essa experiência artística imersiva”, explicou Hadna.

Já ‘Amazônia Surreal’ é fruto de uma pesquisa de Gisele Riker no Programa de Pós Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O projeto consiste na produção de uma série de fotografias criativas realizadas em cenários diversos da floresta amazônica como o Museu da Amazônia, em Manaus; lago e ponte sob o rio Uatumã, na Vila de Balbina; Cachoeira Iracema, em Presidente Figueiredo; e igapós do Parque Nacional de Anavilhanas, em Novo Airão.

Gisele Riker

“Apresento uma produção artística que reflete sobre ser amazônida, um sentimento que envolve rios, florestas, clima e a diversidade da cultura nortista”, falou Gisele.

Inspirações

“Minha principal inspiração para a concepção da exposição é a própria Amazônia, rica e expressiva, e toda a sua diversidade de cheiros, aromas, texturas e belezas, tendo ainda, como principal referência neste processo, as pesquisas sobre cogumelos bioluminescentes (que emitem luz), da bióloga do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), e também orientadora da exposição, Noemia Kazue”, lembrou Hadna.

“Desde criança viajo pelo interior dos estados do Amazonas e Pará vivenciando e absorvendo os sentimentos de estar numa relação íntima com a natureza, nadar em um igarapé de águas escuras, observar o balé de inúmeras folhas de diferentes formas, cores e tamanhos dançando no banzeiro do rio, se encantar com o pôr do sol, admirar as vegetações de forma inusitadas e belas. A Amazônia me encanta e é fonte de inspiração e suporte de criação nas minhas produções”, revelou Gisele.

Tanto o projeto de ‘Amazônia ao cubo’ quanto o de ‘Amazônia surreal’ foram contemplados no edital Prêmio Feliciano Lana, via Lei Aldir Blanc, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.

As duas exposições seguem em cartaz, do  dia 06 ao dia 22 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 19h às 21h, e no sábado, 18, das 15h às 17h, com ingressos limitados, e agendamento prévio. Quem não puder ir visitá-las presencialmente, pode acessá-las pelos Instagrans: @hadnaabreu e @ amazoniasurreal

Um espaço das artes 

A Casa Som Amazônia atua na área de cursos, mentoria artística e produção cultural. O espaço é gerido pela cantora e cientista social Ellen Fernandes, o pianista Anderson Farias e o baterista Anderson Cerdeira. A Casa trabalha para difundir a arte e seu papel enquanto elemento transformador da sociedade. O espaço atua em três principais frentes artísticas: experiências artísticas através de cursos no ensino das artes; produção musical e artística, colaborando na divulgação de artistas do norte do Brasil; e mentoria artística.

“É a primeira vez que a Casa Som Amazônia recebe um público externo. Eu, como representante da Casa, junto aos outros sócios Anderson Farias e Anderson Cerdeira, estamos muito realizados em poder neste momento receber artistas tão importantes no nosso espaço cultural. A importância do circuito está no fortalecimento do cenário cultural e na  união desses artistas e suas obras que dialogam com o tema ‘Amazônia’ através de linguagens plurais como as artes visuais, a música e a educação”, falou Ellen Fernandes.

Além do lançamento das exposições de Hadna e Gisele, o circuito também conta com uma  programação multicultural que inclui a apresentação do pocket show musical ‘Batelão da Amazônia’, com Ellen Fernandes, Anderson Farias e Anderson Cerdeira; a participação do projeto social ‘Toque a vida pela música’ mais a exposição de luminárias ‘Reinventa-se Amazônia’, da arquiteta e design de interiores, Carolina Campos.

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar