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Virar

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Não temos dúvida de que a Nação necessita sair do fundo do poço. Afinal, são 12 milhões de desempregados e outro tanto que vive debaixo da linha da pobreza. Discutir acerca da “nova ou da velha política” a nada conduz, e com isto a denominada “crise de falta de articulação” gerara um péssimo ambiente. E, a aprovação de uma PEC enterrada  desde 2015, a qual reduz o percentual do Orçamento que o governo pode manejar livremente, só aumentara o desconforto.

E, com isto, a Câmara demonstrara sua força, que mais agravara a “crise”; não passando tal ato de revanchismo infantil. Assim, sobrara uma turbulência na bolsa que vai se acalmando; uma disparada no dólar e uma insegurança nos mercados, tendo o BC cortado de 2,4% para 2% a previsão de aumento do PIB para o ano em curso. Só com a intervenção do BC no mercado, destinada a corrigir situação anômala, retornaremos a uma situação menos imprevisível.

Esperamos todos que surjam expectativas mais otimistas, visando um avanço no setor econômico, ocasionando uma expansão mais significativa com o crescimento presente em todos os grandes setores: agropecuária, indústria e serviços. Para tanto, fora salutar a intervenção dos empresários junto aos envolvidos em “bate-bocas” prejudiciais, na busca da paz. Como resultado, Maia e Guedes sacramentaram acordo, comprometendo-se a dar andamento à reforma da Previdência, tão necessária a todos.

E, como sempre, tudo se resolvera, parcialmente em nossa visão, num bom almoço, quiçá regado a saborosos vinhos. A vida é uma rotina de aprendizados, onde as falhas são causadas pela imaturidade ou pela inexperiência; dada a pouca vivência. É o que ocorre com a maioria dos parlamentares, não se podendo permitir a volta ao passado, ou seja, à “velha política”. Os bombeiros estacaram a crise, mas restara a deterioração ocorrida na relação entre Bolsonaro e Maia; esperando-se que a “pacificação” seja suficiente para a aprovação da reforma da Previdência. Afinal, ambos são jovens e necessitam saber absorver as adversidades do cotidiano. “Página virada” é uma declaração unilateral, onde só o tempo dirá se o “aprendizado” decorrente dos “bate-bocas” fora absorvido internamente pelos envolvidos.

Os investidores e os empresários não podem ter um governo que funciona “soluçando”, com pausas para respirar, mas mesmo com a “página virada” a expectativa perdura, aguardando-se que na próxima semana o Ministro Paulo Guedes com sua habilidade e paciência dê a devida celeridade ao tema, já que fora o grande bombeiro: alea jacta est.

*José Alfredo Andrade é ex- Conselheiro Federal da OAB/AM  nos Triênios 2001/2003 e 2007/2009 – OAB/AM A-29  – Email: [email protected]

Alfredo Andrade

é escritor e advogado, autor do livro Página Virada - Uma leitura crítica sobre o fim da era PT
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