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Violência e insegurança: mais do mesmo

A questão da segurança pública tem se tornado cada dia mais complexa devido à obviedade da solução: repressão pura e simples. Enquanto as autoridades insistirem na surrada tese das “causas sociais da criminalidade”, o único resultado será a crescente transferência de recursos públicos para os burocratas que administram programas destinados a “combater” a pobreza. E os criminosos continuarão a cometer delitos, cada vez em maior número e com mais violência.
Essa relação entre impunidade e criminalidade é velha conhecida, exceto para os governantes e seus correligionários de sempre, que se beneficiam com as generosas verbas dos programas sociais.
Em abril deste ano, por exemplo, foi divulgada a estarrecedora informação de que apenas 4% dos homicídios ocorridos no país são esclarecidos. Note-se que isso não quer dizer crimes punidos. Provavelmente o percentual de assassinos cumprindo pena seja bem inferior a 4% do total de homicídios registrados.
Os acontecimentos registrados esta semana nos presídios de Manaus se explicam exclusivamente pelo viés da impunidade. Para demonstrar o ambiente de impunidade de forma insofismável, uma facção criminosa executou adversários recentemente de forma bárbara. Em pouco mais de 48 horas estavam mortos criminosos “justiçados” pelos próprios bandidos.
Manaus resume de forma dramática o que ocorre em todo o Brasil. O Estado deixou de cumprir a sua principal função – impedir o uso da violência entre os cidadãos – elevando a criminalidade a níveis provavelmente nunca vistos em uma sociedade civilizada.
Essa indecente omissão não resultou, entretanto, de um bom-mocismo ideológico. Ela faz parte exatamente da estratégia para que essa ideologia se apresente como salvadora e imponha um regime de ainda mais violência contra os cidadãos honestos. A história está cheia de tais exemplos.
Espera-se que pelo menos os fugitivos do Instituto Penal Antonio Trindade sejam recapturados, antes que matem mais alguém.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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