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Viajar de classe econômica sai até cinco vezes mais em conta

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Os preços da classe executiva podem ser até cinco vezes maiores que da classe econômica. Para se ter idéia da diferença, os valores que serão cobrados pela TAM para o vôo de Manaus a Caracas, ida e vota, nessas classes será de US$ 1.634, na primeira, e US$ 333 na segunda. Ou seja, quem estiver disposto a pagar pela classe que atende principalmente o empresariado, terá que desembolsar 4,9 vezes mais que a maioria dos passageiros.
De acordo com a emissora da FM Turismo, Marry Fernandes, a principal diferença entre as classes é o conforto. “A executiva possui menos poltronas, garantindo assim maior espaço entre elas, o que possibilita aos passageiros um ambiente com menos ruídos e mais privacidade”, afirmou.
Conforme a assessoria da Copa Airlines, a diferença entre as duas classes da companhia está na refeição e nas bebidas muito mais variadas, poltronas mais amplas e confortáveis. O serviço de bordo é mais sofisticado, com talheres em inox, e vinho servido em taças. “A diferença de preços é proporcional à exclusividade dos serviços e aos poucos lugares disponíveis nessa classe, que são dez assentos nos aviões da Embraer operados pela Copa e 12 nos da Boeing”, informou o assessor de comunicação Leandro Luize.
“Não há um público específico para o qual essa classe é voltada, mas geralmente quem reserva um assento nela é um público formado por empresários e altos executivos, seja a negócios ou a lazer”, disse Luize, destacando entre outras vantagens da executiva a preferência nos check-ins dos aeroportos, portões de embarque e no despacho das bagagens, além de bônus em milhas para os membros do programa de fidelidade OnePass e acesso às salas vip Presidents Club nos aeroportos.
Para o diretor administrativo-financeiro da Yamaha, Jaime Matsui, somente compensa viajar na classe executiva nos vôos de longa distância, pois a relação entre o benefício e o custo para lugares próximos é negativa. “Em termos de conforto, há uma diferença bem acentuada, tanto que os executivos da Yamaha a preferem quando vão para o Japão, uma viagem demorada”, comentou Matsui. “As poltronas são maiores e reclinam mais, e o espaço entre elas é grande também. Então o valor absurdo é pago para que tenhamos um mínimo de conforto nessas viagens”, completou.
O diretor da Yamaha garantiu que viajará essa semana para Recife, e que vai de classe econômica. “A capital pernambucana não é tão longe, e nesse caso não vale a pena pagar o que é cobrado para a classe executiva”, comentou.

Cresce 59% número de passageiros no Brasil

Com o aumento da concorrência entre as companhias aéreas, os preços das passagens têm baixado gradualmente nos últimos anos e o número de passageiros nos aeroportos do país tem apresentado média de expansão superior a 6% ao ano, o que corresponde a um aumento de 59,61% entre 1998 e 2006, de acordo com dados de uma pesquisa da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Mas se viajar de avião deixou de ser privilégio de poucos, o conforto e a comodidade desde o embarque até o desembarque ainda é restrito a quem pode pagar, e muito, pelos serviços da classe executiva.
A reportagem do Jornal do Commercio procurou a TAM para falar sobre a diferença entre os valores dos bilhetes aéreos das classes econômica e executiva, mas até o fechamento deste matéria a empresa não se pronunciou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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