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Vestíveis puxam maior consumo

A venda de pulseiras e relógios inteligentes, os chamados dispositivos vestíveis, cresceu 81% em relação a 2019, e a de fones de ouvido truly wireless com alguma conexão com a internet ou função inteligente, nova categoria de estudos da IDC Brasil, cresceu 284%

O mercado de wearables teve um crescimento marcante no mercado brasileiro em 2020, revelam dados de uma pesquisa da IDC Brasil divulgados nesta quinta-feira (25). Comparadas ao ano anterior, as vendas de pulseiras e relógios inteligentes cresceram 81% no país, em um total de 1,39 milhão de unidades vendidas.

Mensurado no Brasil pela primeira vez pela IDC em 2020, o mercado de fones de ouvido “truly wireless”, com alguma conexão com a internet ou função inteligente, chegou a 569 mil unidades vendidas, um crescimento de 284%. Somando as duas categorias, a receita dos dispositivos vestíveis foi de R$ 2,2 bilhões.

Renato Murari de Meireles, analista de pesquisa e consultoria em Mobile Phones & Devices da IDC Brasil aponta que o crescimento pode ser atribuído a múltiplos fatores, mas tem a pandemia e a competitividade como principais alavancas.

“Além da pandemia, que transferiu as videoconferências profissionais e as aulas para a sala de casa e levou o consumidor a investir em devices para executar as atividades de trabalho ou de estudo com mais privacidade e conforto, novos players surgiram no mercado e aumentaram a competitividade”, afirmou.

Expectativas para o mercado em 2021

Em 2021, pulseiras e relógios inteligentes e fones de ouvido truly wireless continuarão experimentando forte crescimento, aponta o IDC Brasil. “São categorias novas, com muito espaço para crescer e que vêm sendo bastante demandadas por um público adepto a estas tecnologias e consequentemente muito ofertado pela indústria, com recursos e conceitos cada vez mais aprimorados”, justifica Meireles. 

A projeção para este ano é de vendas de mais de dois milhões de unidades de pulseiras e relógios inteligentes, e de quase um milhão de fones de ouvido sem fio e com integração a outros dispositivos.

O varejo continuará sendo o caminho natural dos dispositivos vestíveis, mas com o trabalho remoto cada vez mais adotado e com perspectivas desse modelo se manter ou ser adequado mesmo com o fim da pandemia, deve aumentar o número de empresas que, além de equipar seus funcionários com um notebook, oferecerá também um fone de ouvido com as facilidades de conexão com a internet e/ou outros dispositivos. 

Quanto à categoria de pulseiras e relógios, já contou com iniciativas B2B na área da Saúde em 2020 e em 2021 deve ganhar um reforço. “A indústria percebeu o que o IDC Consumer Behavior 2020 constatou -que os jovens aderem aos wearables pelos recursos fitness e os mais velhos pelas possibilidades de cuidados com a saúde -e está investindo em devices com recursos como oxímetro, e medidor de frequência cardíaca entre outras funções health mais avançadas, sendo uma conexão com médicos e hospitais”, conta o analista da IDC Brasil.

Nesse contexto, o analista da IDC Brasil lembra do crescimento do IoT (internet das coisas) e da relevância do smartphone como alavancas para o mercado de wearables, em geral. “Tudo passa pelo celular, e integrar o relógio ou a pulseira com outros equipamentos da casa fará os vestíveis crescerem ainda mais”.

O crescimento, no entanto, é acompanhado por um alerta: por terem entrado para a lista dos produtos altamente desejáveis pelo consumidor, importadores não oficiais, vendedores ilegais e até falsificadores já se movimentam para ocupar espaço no mercado.

“Temos percebido um movimento agressivo do mercado cinza de wearables e com chances até de superar a venda de smartphones no mercado ilegal”, diz o analista da IDC Brasil, alertando para os impactos dessas vendas não oficiais para os fabricantes, para a arrecadação de impostos e para o consumidor, que não deve se arriscar usando um “vestível” sem as autorizações e garantias que esse tipo de produto precisa ter e oferecer.

Foto/Destaque: Divulgação

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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