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Vestíveis caem em prioridade

O boom de compras de fones de ouvido e pulseiras com algum tipo de conexão e relógios inteligentes deve se manter diante dos mesmos fatores que contribuíram para o avanço deste mercado em 2020. Assim, os dispositivos inteligentes vestíveis devem seguir a tendência de queda de preços ao longo deste ano.

De acordo com a consultoria IDC Brasil, os fatores ligados ao aumento no uso de wearables que se mantêm desde o ano passado estão ligados à pandemia, como home office e preocupação com a saúde. Os fones de ouvido truly wireless, por exemplo, têm sua alta de consumo ligada às videoconferências e aulas em casa –o que leva o consumidor a investir em dispositivos para atividades profissionais ou para estudar com mais privacidade e conforto. Já as pulseiras e relógios inteligentes têm um crescimento baseado na atenção das pessoas com a saúde, uma vez que oferecem aplicativos para cuidados com o corpo e atividades físicas.

Neste contexto, a projeção para as vendas é de mais de dois milhões de unidades de pulseiras e relógios inteligentes, e de quase um milhão de fones de ouvido sem fio e com integração a outros dispositivos.

“São categorias novas, com muito espaço para crescer e que vêm sendo bastante demandadas por um público adepto a estas tecnologias e consequentemente muito ofertado pela indústria, com recursos e conceitos cada vez mais aprimorados”, diz Renato Murari de Meireles, analista de pesquisa em dispositivos da consultoria.

Segundo ele, o forte aumento na procura dos dispositivos wearable no ano passado incentivou a entrada de novas marcas no mercado, o que tem aumentado a competitividade. Além disso, também desde 2020, o fechamento das fronteiras tem fomentado o mercado interno, trazendo iniciativas de venda de cestas e ofertas de produtos no varejo.

No ano passado, a média de preços de fitbands e smart watches passou de R$ 1.507 no 3º trimestre para R$1.199 no 4º trimestre, enquanto os fones de ouvido sem fio foram de R$ 814 para R$710. “Essa dinâmica começou no 3º trimestre de 2020, se estendeu até o final do ano passado, e deverá permanecer neste ano”, reforça Meireles.

De olho no setor corporativo

O setor corporativo entrará no mercado de wearables com mais força. Segundo o analista, a permanência do trabalho remoto mesmo com o fim da pandemia deve aumentar o número de empresas que, além de equipar seus funcionários com um notebook, oferecerão também um fone de ouvido mais moderno e com conexão à internet e outros dispositivos.

Empresas também devem olhar para pulseiras e relógios em 2021. A categoria, que já contou com iniciativas B2B na área da saúde em 2020, deve ganhar um reforço com aplicativos específicos. “A indústria percebeu que os jovens aderem aos wearables pelos recursos fitness e os mais velhos pelas possibilidades de cuidados com a saúde. Por isso, ela está investindo em dispositivos com recursos como oxímetro, medidores de frequência cardíaca e outras funções health mais avançadas, sendo uma conexão entre médicos e hospitais”, conta o analista da IDC Brasil.

No longo prazo, os dispositivos vestíveis tendem a se popularizar tanto pelo consumo das pessoas quanto pelas empresas conforme o crescimento da internet das coisas, além da relevância do smartphone.

“Tudo passa pelo celular, e integrar o relógio ou a pulseira com outros equipamentos da casa fará os vestíveis crescerem ainda mais”, conclui Meireles.

Foto/Destaque: Divulgação

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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