Quatro vereadores da bancada de oposição se reuniram esta tarde no auditório da Câmara Municipal de Manaus com mais de uma centena de vendedores de produtos diversos, os quais estão proibidos de continuar trabalhando na Ponta Negra desde que a prefeitura interditou o local para executar um projeto de restauração do entorno do balneário, considerado um dos principais cartões postais da cidade. Os vereadores José Ricardo Wendling (PT), Mário Frota (PDT), Elias Emanuel e Marcelo Ramos (ambos do PSB) justificaram a audiência pública como instrumento para buscar alternativa para os comerciantes durante os 18 meses em que o espaço estará sendo reformado.
A audiência pública foi requerida por Marcelo Ramos e José Ricardo para discutir questões referentes ao projeto de revitalização da Ponta Negra e ao tratamento oferecido aos permissionários. Os dois secretários municipais convidados, José Rogério de Araújo (Produção e Abastecimento) e Américo Gorayeb (Infraestrutura) não compareceram. A prefeitura foi representada pelo assessor jurídico da Sempab, Lando Ferreira Siqueira. Segundo o assessor, a Sempab está recebendo os permissionários da Ponta Negra, analisando individualmente os casos e apresentando propostas para que não fiquem sem local para trabalhar.
Marcelo Ramos defendeu que a prefeitura aponte uma alternativa provisória para os permissionários e garanta que sejam qualificados para participar em igualdade de condições da futura concorrência que a prefeitura fará para cessão dos locais que serão construídos no balneário.
O vereador Elias Emanuel contou que, quando o então prefeito Serafim Corrêa fechou o mercado Adolpho Lisboa para reforma, garantiu que os mercadores permanecessem trabalhando numa área por trás do mercado. Além disso, segundo Emanuel, a Procuradoria Geral do Município levantou os prejuízos sofridos pelos permissionários e a prefeitura os indenizou. “Mas a prefeitura atual não tem essa sensibilidade e descarta gente que estava há quinze anos trabalhando na Ponta Negra”, criticou. O pedetista Mário Frota acusou a prefeitura de expulsar da Ponta Negra pessoas que estavam lá há mais de vinte anos e comparou a situação daqueles vendedores com a dos camelôs do centro da cidade, que a prefeitura tenta remover para um shopping popular.
Na opinião de Frota, ambos os grupos estão ‘levando uma pernada do prefeito, cujo interesse é beneficiar empresários’. Ele sugeriu outros locais, como o Parque Jefferson Peres, para receber parte do pessoal durante a restauração da Ponta Negra.
Vereadores se reúnem com ex-permissionários da Ponta Negra
Redação
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