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Vereadores de cobram resposta do MS sobre a crise de oxigênio

A falta de oxigênio medicinal ainda repercute em Manaus e também em Brasília. Na sessão da terça-feira retrasada (03), o assunto foi o tema principal da pauta do legislativo municipal, fomentando grandes discussões e acirrando os ânimos entre os parlamentares no plenário.

Por unanimidade, os vereadores cobraram uma resposta do governo federal para a crise no insumo que causou a morte de centenas de pessoas vitimadas pela Covid-19 na capital, entre janeiro e fevereiro deste ano, durante a segunda onda da pandemia com a nova variante de coronavírus.

O vereador Caio André (PSC) levantou a questão exibindo uma reportagem que mostra um e-mail enviado ao Ministério da Saúde à empresa White Martins, fornecedora do produto, pedindo apoio logístico imediato para o transporte do gás medicinal antes do colapso na saúde do Amazonas, em janeiro deste ano.

O ‘Fantástico’, da Rede Globo de Televisão, deu grande repercussão ao assunto no programa de domingo (07). O vereador ressaltou que ninguém estava preparado para o segundo pico de contágio na capital. Ele culpa o Planalto pelo grande número de mortes registradas na cidade e no interior do Amazonas.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ainda presta esclarecimentos à PF (Polícia Federal) sobre os motivos que levaram ao colapso no fornecimento de oxigênio, causando a morte de centenas de pessoas no Amazonas.

“Ainda não sabemos por que nossa federação é sempre a primeira a ter altos picos dessa doença, mas o fato é que todas as outras cidades se preparam, tomando como exemplo nossa capital. É preciso trabalhar para que isso não se repita”, salientou Caio André.

Para o vereador Elissandro Bessa (Solidariedade), o email esclarece a veracidade dos fatos, indicando que o Ministério da Saúde fez pouco caso com a situação de Manaus, onde centenas de pessoas morreram asfixiadas por falta de oxigênio.

“Não queremos colocar a culpa em ninguém, mas esse email, enviado antes da crise, mostra quem estava mentindo, e que o governo do Amazonas se antecipou à crise, porém, não foi atendido emergencialmente”, afirmou.

‘Minimizando a crise’

Marcelo Serafim (PSB) disse que o Brasil minimizou a crise sanitária no Amazonas, repetindo os mesmos erros durante o primeiro pico da pandemia nas medidas emergenciais de enfrentamento à segunda onda da Covid-19. 

“O que vivemos hoje é reflexo do que vivemos em janeiro, e o restante do Brasil não se atentou à gravidade da situação. Mas é preciso que os governos tenham entendimento de que algo é preciso ser feito logo, não dá para ficar esperando”, enfatizou.

O vereador Daniel Vasconcelos (PSC), que preside a Comissão de Saúde da Câmara Municipal, compartilha do mesmo pensamento. Em seu pronunciamento, ele alertou os outros Estados. 

“Parece que as pessoas dos outros Estados do País estão brincando com a Covid-19. É preciso tirar lições da situação que o Amazonas passou para prevenir que mais mortes aconteçam”, reforçou o parlamentar.

O vereador Jaildo Oliveira (PCdoB) se emocionou ao falar de pessoas próximas que morreram vitimadas pela Covid-19. E defendeu o governo do Amazonas que, na sua avaliação, se antecipou à crise de oxigênio. 

“Eu perdi amigos para essa doença e saber que essas mortes aconteceram pela omissão do Ministério da Saúde nos causa revolta. A reportagem que o vereador Caio André trouxe ao plenário mostra isso, e esperamos que lá na frente o governo federal seja responsabilizado”, desabafou.

O vereador Allan Campelo (PSC) disse que a “politização da Covid-19” culminou com toda essa situação de tragédia, com milhares de mortos e infectados. Ele defendeu a união de todos para o enfrentamento à doença.

 “Infelizmente, as pessoas politizaram o coronavírus, e isso precisa acabar. O que precisamos são de ações efetivas para vencermos esta pandemia. Concordo que os outros Estados tirem lições do que passamos para evitar uma tragédia em nível nacional”, afirmou o vereador.

Foto/Destaque: ROBERVALDO ROCHA / CMM

Marcelo Peres

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