A venda de consórcios em todo o Brasil cresceu 38,5% entre janeiro e abril deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando um volume total de negócios de R$ 18,7 bilhões, segundo dados da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), considerando os segmentos de veículos automotores em geral (pesados, leves, motos), imóveis, eletroeletrônicos e serviços.
Conforme a associação, a comercialização de novas cotas cresceu 14,2% nos primeiros quatro meses do ano, somando 679,5 mil, enquanto os participantes ativos atingiram 3,84 milhões no acumulado do ano até abril, com alta de 5,8% na comparação com igual período do ano passado. As contemplações cresceram 2,9% no mesmo intervalo, para 317,2 mil.
Diante do forte desempenho, a assessoria econômica da Abac -que projetava crescimento de 10% nas vendas para este ano- agora está reavaliando os cálculos para os próximos meses. Segundo Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac, a expectativa é de que a economia mantenha seu ritmo, com oportunidades e segurança no emprego para o trabalhador, e sem mudanças no cenário internacional que possam influenciar nas atividades internas do País, possibilitando o alcance ou até mesmo a superação da previsão.
Conforme nota divulgada pela associação, o crescimento pode ser atribuído à grande procura no setor de veículos leves e de imóveis. No segmento de automóveis, camionetas e utilitários (veículos leves), o total de volume de negócios no quadrimestre chegou a R$ 6,3 bilhões, 57,5% maior que os R$ 4 bilhões contabilizados em igual período do ano anterior. No setor imobiliário, as transações cresceram 26,9%, passando de R$ 5,2 bilhões para R$ 6,6 bilhões.
Parcelamento integral
Para Rossi, os resultados confirmam a maturidade do brasileiro na hora de adquirir um bem parceladamente, com a razão prevalecendo. “A inexistência de juros, o parcelamento integral do valor do bem desejado e a formação de patrimônio são características dos consórcios que têm feito a diferença nas decisões das várias classes sociais, especialmente na C, cuja evolução, ultimamente, tem sido maior, especialmente no consumo de bens duráveis como a casa própria ou o carro zero”, salientou.
O número de consorciados de imóveis em todo o Brasil atingiu 545,8 mil no acumulado do ano, com crescimento de 5,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando havia 519,1 mil participantes. Em volume de transações, o segmento registrou aumento de 26,9% na mesma base de comparação, atingindo R$ 6,6 bilhões. No acumulado de janeiro a abril, o número de contemplações teve alta de 13,2%, para 23,1 mil. Já o número de vendas de novas cotas apresentou incremento de 18,7% no quadrimestre, para 76,1 mil, ante as 64,1 mil de janeiro a abril de 2009.
