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Vendas nos shoppings em julho sinalizam retomada

O crescimento nominal de vendas em shoppings na região Norte, no mês de julho, foi de 56% (ou 43,1% real) sobre o mesmo período do ano passado. Ao analisar o período pré-pandemia, a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), considera que o desempenho para a região Norte continua superior ao mesmo período de 2019, com crescimento em julho de 21,5%. 

Esse comportamento nos centros de compras da capital é confirmado por lojistas desde o início do semestre. Segundo a entidade, o avanço da vacinação acompanhada de uma maior flexibilização das medidas sanitárias, aliadas à demanda reprimida, contribuíram de forma significativa para esse quadro.

“Estamos vivendo um panorama crescente de incremento. Neste segundo semestre estamos bem confiantes, inclusive já com pensamento positivo para o fim de ano. Se tudo continuar desta forma, com a Covid diminuindo cada dia mais e mantendo esse ritmo de vacinação, vamos ter muito mais a comemorar”, comenta a proprietária de uma loja no shopping Mercedes Martinez. 

O presidente da Alasc (Associação de Lojistas do Amazonas Shopping), André Gesta vê com ânimo os resultados e confirma que . “Se formos comparar as vendas em relação a 2019, sem descontar inflação, realmente algumas lojas já melhoraram as vendas. Estamos com um segundo semestre muito melhor”. 

De acordo com André Gesta, é evidente o avanço do setor mês a mês. Mas ele lembra que alguns ramos de atividades ainda estão fracos porque as pessoas estão mais preocupadas com a saúde. “O segmento de decoração de casas, por exemplo, tem evoluído bastante. Outros estão mais tímidos porque como a liberação de festas ainda é limitada e o setor de eventos ainda está parado, o nicho do mercado de confecção e calçados ainda sofrem porque as pessoas que investem nesses segmentos são justamente aquelas que frequentam festas e estas não estão saindo”. 

Vale lembrar que o mês de julho já assinalava que o varejo vinha demonstrando recuperação aos poucos. “O segmento veio de um período bom para as vendas, o Dia dos Namorados. Foi um mês que ajudou os shoppings ganharem fôlego. Bem diferente do ano passado. Julho continuou absorvendo essa demanda. Aí tivemos agosto que trouxe ainda mais um gás para o comércio”, analisa o lojista Pedro Santana. 

Segundo o presidente da Abrasce, Glauco Humai, o avanço da vacinação e a proximidade com o Dia dos Pais trouxeram um melhor desempenho às vendas no período. “Os consumidores estão se sentindo mais seguros para fazer suas compras e retomar hábitos como o de frequentar shoppings, ainda que com toda a cautela necessária. Esse resultado encoraja os empreendedores e os deixam mais otimistas quanto à retomada do setor como um todo”, afirma.

Desempenho positivo em todo país

Índices nacionais indicam que em julho a receita nominal de vendas subiu 100,9% em relação a julho do ano passado. Em termos reais, o aumento no mês foi de 84,3%.

Os patamares mais fracos no ano passado continuam influenciando as taxas de crescimento mais expressivas. Em julho de 2020, por exemplo, a receita nominal de vendas tinha caído 48,9% (ou -50,1% em termos reais). No acumulado do ano, o crescimento das vendas em shoppings foi de 23,4% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

Comparado à pré-pandemia, a atividade dos shoppings continua recuperando gradualmente os volumes de vendas antes do surto da Covid-19. Em julho, as vendas nominais ficaram apenas 10,9% abaixo do mesmo mês de 2019. Em termos reais, o resultado foi -19,5% sobre julho de 2019. O resultado de junho de 2021 mostrou uma redução de 13,2% sobre a base de dois anos atrás. Em maio a queda tinha sido de 22,1% e em abril de 23,4%, ambos comparados aos seus respectivos meses de 2019. Nas lojas de rua, o aumento verificado foi de 17,1% em julho e de 11,9% no acumulado do ano, em comparação com os respectivos períodos de 2020.

Os shoppings também registraram um aumento no ticket médio de julho (R﹩ 140,95) em relação ao mesmo intervalo de 2020 (R﹩ 125,88). Nas lojas de rua, o ticket médio do mês foi de R﹩ 84,09, ante os R﹩ 82,51 em julho do ano passado.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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