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Vendas de veículos seminovos caem em julho no Amazonas 

Andreia Leite

Insta: @andreiasleite_  Face: @jcommercio

O comportamento do Amazonas em relação às vendas de veículos seminovos  no mês de julho apresentou retração de 3%. O resultado é inferior se comparado ao mercado brasileiro que cresceu 3,3% em relação ao mês de junho. Em comparação a julho do ano passado, há convergência entre o mercado nacional e o local 16,8% e 16,4% respectivamente, o que segundo a Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores) está alinhado. No acumulado, o Amazonas mantém estabilidade, já no Brasil esse percentual chega a 18%. 

Segundo a Fenauto,  essa divergência entre o acumulado do setor, se deve porque os estados da região Norte, principalmente no Amazonas, sofrem antecipadamente com a pandemia em relação ao restante do país e da mesma forma se recuperou rapidamente.

Apesar do resultado, os seminovos continuam atrativos em razão da ausência dos veículos zero km e ainda tendo uma pequena fila de espera com alguns modelos sendo difíceis de serem encontrados. “Outra questão é que o zero km está o preço muito acima, ao contrário do seminovo que consegue se ajustar muito rapidamente com os preços mantidos, pois eles são basicamente preços da oferta e procura do mercado. Então o lojista do seminovo e do usado quando não consegue vender ele ajusta o preço para baixo para fazer fluxo de caixa.  Já no carro zero existe uma tabela que dificilmente consegue trazer o preço para baixo do valor estipulado pela montadora”, afirmou o presidente da Fenauto, Enilson Sales.

Para 2022 o setor imagina chegar no fim do ano praticamente com os resultados iguais  do ano passado pois vem numa projeção crescente e não tem expectativa de que mesmo que essa estimativa não seja acelerada o setor deve continuar crescendo. Os três últimos meses do ano passado foram muito fracos para o segmento em relação ao histórico, e a gente não tem nenhuma perspectiva de que esses três últimos meses sejam fracos. A nossa expectativa começa a partir de outubro quando deve ter um volume maior que no passado e nesses três meses tentar cobrir os 18% para chegar no mesmo nível de volume de vendas do ano passado que foi de mais de 15 milhões de veículos vendidos no país”. 

Segundo o presidente, o setor prevê que os preços dos seminovos fiquem um pouco acima da média nos próximos meses, mas nao tao alto.”Mas a gente espera que a própria demanda não vai fazer com que os preços caiam mais. Vamos ter um mercado em crescimento leve até o final do ano. Para o mercado do Amazonas talvez tenha uma pequena queda nas vendas , mas ainda assim devem ficar alinhados ao que a gente teve em 2021”. 

Mês anterior

O crescimento nas vendas de veículos seminovos e usados no Amazonas em junho apresentou crescimento sobre maio. A média por dia útil foi de quase 13% indicando oscilação, o que apontou que o mercado local está dentro de uma curva ascendente. 

As projeções mostram que o mercado do Amazonas está entre 3% a 4% acima do desempenho do ano passado. São números muito bons para o Estado, considerando que o resultado de junho foi melhor que maio e segue performando mês a mês”, avaliou o presidente da Fenauto, Enilson Sales.

Alguns entraves

Mesmo com as perspectivas positivas, alguns fatores podem atrapalhar a trajetória de bons resultados, entre eles a vilã inflação, que registra certa recessão que pode segurar ou atenuar a curva ascendente em relação ao comportamento positivo no Amazonas. Outro fator é a guerra entre Ucrânia e Rússia que compromete a logística do mundo, principalmente na entrega de peças, seja para composição da montagem dos veículos ou para manutenção. As oscilações nos preços da gasolina também podem dificultar a demanda fazendo com que o consumidor se retraia, considerando que o veículo é um bem movido ao produto. 

Nacional 

Segundo o estudo da entidade, a média diária de transferências ficou em 55.449 unidades, um resultado 3,3% superior ao registrado em junho. O acumulado de vendas em 2022 alcançou a marca de 7.212.783 veículos, mas ainda está 18% abaixo do alcançado no mesmo período de 2021.

Para o presidente da federação, Enilson Sales, “o mercado continua apresentando uma recuperação lenta, mas constante. Temos uma expectativa positiva de resultados até o final do ano que, historicamente, sempre é um período melhor para as vendas. Mas mantemos, também, uma atenção aos possíveis fatores que podem influenciar o mercado como a taxa de juros, crédito e até mesmo as eleições.”

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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