Depois de amargar uma retração de 23% entre janeiro e julho de 2006 no comparado a igual intervalo do ano anterior, as exportações das indústrias do PIM voltaram a registrar queda entre janeiro e julho deste ano, com o montante de US$ 570.40 milhões no período. O valor representa um saldo negativo de 40% sobre os US$ 951.72 milhões obtidos em 2006.
Na análise divulgada ontem, pelo diretor executivo da Aceam (Associação de Comércio Exterior da Amazônia), Moacyr Bittencourt, os resultados podem significar o encaminhamento do Estado para uma recessão de grandes proporções, acompanhando a tendência do mercado mundial, onde já se observa a oscilação do dólar em rota de ascensão.
Os números divulgados pela Aceam, segundo destacou Moacyr Bittencourt, tem por base o relatório mensal do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), e apontam que a corrente de comércio exterior do Amazonas (exportação mais importação) até o mês de julho deste ano foi de US$ 4.294 bilhões, revelando uma queda superior a US$ 435.751 milhões em relação ao mesmo período de do ano passado.
Quedas constantes
O diretor-executivo da entidade sugeriu que essa retração tenha sido resultado das constantes quedas da moeda americana ocorridas durante mais da metade do ano e considerou a concorrência desleal dos produtos chineses, cuja participação no mercado interno ampliou-se em 34% em relação à produção do PIM (Pólo Industrial de Manaus), como um dos principais gargalos para o reposicionamento de destaque das exportações brasileiras.
“Não bastasse esses fatores, existe ainda certo descontentamento das empresas locais com relação à burocracia demasiada e os altos custos com serviço aduaneiro e armazenagem, problemas que vêm se tornando crônicos no pólo de Manaus”, asseverou Bittencourt.
No estudo realizado pela Aceam, as importações aparecem com um decréscimo de apenas 1,45% entre janeiro e julho deste ano, fechando o período com cerca de US$ 3.723 bilhões frente aos US$ 3.778 bilhões registrados em 2006.