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Vendas da Black Friday superam expectativas dos lojistas em Manaus

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As vendas da Black Friday superaram as expectativas dos lojistas do Estado em geral e da capital em particular. As projeções iniciais do setor davam conta de um aumento de 3,5% em relação à mesma data de 2018. O incremento foi de 4,2%, conforme a CDL-Manaus (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus). Já a FCDL-AM (Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Amazonas) estima que o índice de expansão foi ainda maior e chegou a 6,4%. 

Os números locais de projeção e balanço, contudo, ficaram abaixo das expectativas de entidades do comércio para o comportamento das vendas do Black Friday em todo o país. A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) – que ainda não revelou seu balanço – estimava que o volume fosse nominalmente 10,5% superior, com alta real de 6,8% e faturamento de R$ 3,67 bilhões.

O otimismo era grande, levando em conta o maior rigor do consumidor neste ano. Pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) informa que 50% dos brasileiros tinha intenção de comprar na Black Friday 2019, mas 39% só pretendiam abrir a carteira, caso as ofertas realmente valessem a pena.

“O resultado das vendas ficou bem acima do esperado. Quase todas as lojas aderiram ao Black Friday. Em torno de 80% dos estabelecimentos ofereceram algum tipo de produto ou serviço com descontos especiais para a data”, comemorou o presidente da FCDL-AM, Ezra Azury.

Embora avalie que o número de adesões entre lojas de shoppings (em torno de 30%) e de rua (aproximadamente 20%) ainda tenha muito espaço para crescer, o presidente da CDL-Manaus, Ralph Assayag, comemorou o aumento de 200 para 400 lojas participantes neste ano. O dirigente destaca também que o segmento de supermercados e hipermercados aderiu mais e entrou com força no Black Friday deste ano.

“Tivemos mais lojas abertas e mais contratações no comércio, que começaram mais cedo neste ano. Finalmente saiu o 13º para o funcionalismo público do Estado, que aumenta de R$ 1,5 bilhão para R$ 1,9 bilhão a potencial injeção de capital para o varejo. Além disso, a inadimplência caiu, deixando mais espaço para o consumo”, listou Ralph Assayag.

Segmentos e filas

As projeções nacionais estabeleciam vendas mais fortes para eletroeletrônicos e de utilidades domésticas (R$ 929,4 milhões), com destaque para celulares, eletrodomésticos e móveis, naquela que já é a quinta data mais importante para o setor – atrás de Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais. As apostas eram boas também para os segmentos de hipermercados e supermercados (R$ 899,3 milhões) e de móveis e eletrodomésticos (R$ 845,5 milhões).

Embora as entidades não tenham um levantamento detalhado a respeito dos segmentos em alta na Black Friday deste ano, o presidente da CDL-Manaus avalia que as lojas de eletroeletrônicos venderam bem mais neste ano, em especial celulares e TVs. “Vi um movimento muito forte também em lojas de calçados. No Centro, algumas chegaram formar filas durante à noite”, contou.

‘Canibalizando’ o Natal

De acordo com o presidente da FCDL-AM, embora o Black Friday costume ‘canibalizar’ boa parte das vendas do Natal, os comerciantes tentam reduzir perdas pela oferta, já que a data comemorativa chegou com força e para ficar. “Já estamos no sexto Black Friday e, a cada ano, o lojista vai fazendo compras específicas. Provavelmente, o tipo de mercadoria que você comprou agora não vai ser o mesmo que vai adquirir para o Natal. Isso vale pelo menos para a área de confecção de calçados”, ponderou.

Já o presidente da ACA (Associação Comercial do Amazonas), Ataliba David Antônio Filho, considera que fatores culturais e emocionais decorrentes da tradição fazem com que boa parte dos amazonenses controlem os gastos da Black Friday para garantir as compras do Natal. “E o fato de a segunda parcela do 13º do funcionalismo do Estado sair neste mês ajuda a garantir essa reserva. De qualquer forma, os lojistas têm que se acostumar a trabalhar com as duas datas, mesmo que tão próximas”, encerrou. 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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