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Venda porta a porta rende cerca de R$ 500 milhões a editoras

Aquele vendedor que batia à nossa porta com uma pilha de livros na mala e outra debaixo do braço não é coisa do passado, como muitos podem pensar. Pelo menos não nas periferias das grandes cidades e nas regiões Norte e Nordeste do país.
“São mais de 30 editoras especializadas no segmento e cerca de 30 mil profissionais que continuam batendo de porta em porta com uma pilha de livros, objetivando difundir ainda mais a cultura, principalmente nas periferias das grandes cidades e nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, onde dificilmente se encontram bibliotecas ou livrarias”, declarou Luís Antonio Torelli, atual presidente da ABDL (Associação Brasileira de Difusão do Livro).
O segmento comercializa, em média, 35 milhões de livros por ano. “Em 2005, esse mercado movimentou R$ 780 milhões. Atribuímos este montante às vendas de coleções dos clássicos infantis e, atualmente, também aos livros religiosos, segmento que vem crescendo ano a ano”, afirmou Torelli.
A associação estima que R$ 500 milhões (o que representa cerca de 15% dos R$ 3 bilhões movimentados no segmento de venda direta no Brasil) tenham sido negociados no ano passado pelos 30 mil vendedores do segmento. “O mercado de venda direta está crescendo de tal maneira [só o segmento de cosméticos movimenta hoje 6,5 bilhões e conta com 1,5 milhão de vendedores] que acreditamos que, com o atual universo de 500 empresas atuantes no mercado editorial no segmento de venda direta, o número de vendedores possa chegar até 400 mil”, afirmou o presidente da ABDL.

Três entre cada quatro brasileiros jovens e adultos não têm nenhuma habilidade de leitura, com sérios prejuízos para seu desempenho profissional, renda familiar e mesmo para o exercício da sua cidadania.
Na missão de estimular a leitura no país, promover a indústria e o comércio da venda de livros porta a porta, a ABDL está confiante no mercado de venda direta de livros, no Brasil. “Dois em cada dez livros comercializados no país são vendidos diretamente na porta do freguês”, revelou Torelli.
Preocupada com os vendedores porta a porta, a ABDL promove anualmente um dos eventos mais importantes do setor, o Salão de Negócios, onde editores, crediaristas e distribuidores do segmento de venda direta se reúnem e discutem importantes assuntos como, a regulamentação do mercado em bases condizentes com a situação atual e também a luta pela regulamentação da profissão dos vendedores de livros.
“Muitas vezes estes profissionais são marginalizados e confundidos com vendedores ambulantes de qualquer outro produto, se não, o livro! Precisamos defender e proteger todos aqueles que se dedicam à difusão do livro no sistema porta a porta”, alertou o presidente da ABDL.
Em sua quinta edição, o próximo “Salão de Negócios”, previsto para acontecer em setembro próximo no período de 9 a 13, em Teresópolis, Rio de Janeiro, espera receber mais de 200 participantes do setor e contará com o apoio institucional e patrocínio de editoras e empresas gráficas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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