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Venda de imóveis usados trazem otimismo para o setor

Venda e aluguel de imóveis usados trazem otimismo para o setor

Venda e aluguel de imóveis usados superam números pré-pandemia e traz alento e otimismo para o setor. Levantamento realizado pelo PMI (Painel do Mercado Imobiliário) da protech inGaia aponta que os últimos cinco meses, o número de negócios cresceu 10% em relação ao início do ano, quando o país ainda não havia registrado casos de Covid-19. Em Manaus, o mês de junho foi o marco de crescimento com boas expectativas de vendas para os próximos meses. Qualidade de vida e moradia próxima ao trabalho são os fatores mais procurados pelo consumidor.

Com três milhões de imóveis listados em sua plataforma e base de dados que representa 25% do mercado secundário imobiliário, de janeiro a dezembro de 2019, a inGaia acompanhou o valor geral de R$ 13,5 bilhões nas transações de compra e venda e R﹩ 1,2 bilhão no valor geral das operações de locação.

Em Manaus, o cenário tem se mostrado bastante propício a bons negócios e facilidades de pagamentos. O otimismo com a retomada gradativa do comércio, e a movimentação da economia, aos poucos tem deixado os consumidores mais tranquilos e confiantes em relação à manutenção de seus empregos. Segundo a corretora Tatiane Licata, a procura no mercado deu uma aquecida, com clientes em busca de imóveis mais próximo ao trabalho e com facilidade de acesso. 

“Esse crescimento foi uma surpresa, ainda mais no período pós-pandemia, principalmente para o consumidor final, devido a queda nos preços dos  imóveis, que  fez o mercado se equilibrar a não sentir muito o impacto. Outro ponto que contribuiu foi a reduções das taxas dos juros dos bancos, que deram um grande empurrão, oferecendo mais facilidades ao consumidor”, disse.

De acordo com Licata, outro fator que contribui para a procura de imóveis usados é a necessidade do cliente ter mais espaço, alinhado a um bom preço e boa localização, além da praticidade deles oferecerem acessórios como condicionadores de ar split e modulados nas dependências do imóvel.

“isso reduz o custo para o cliente, além de ter todo um planejamento, pois não podemos esquecer dos tributos com cartório e ITBI (Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis). Além disso, alguns clientes optam por imóvel mais compacto pela facilidade de pagamento, e por terem como uns dos benefícios, as taxas de cartório e itbi grátis com a condição de pagar parcelado a entrada em um prazo maior até a entrega do imóvel”, explicou.

Segundo Alessandro Oliveira, gerente de vendas de uma empresa imobiliária na cidade, o mercado no Amazonense tem ofertado possibilidade do cliente buscar mais comodidade, segurança e flexibilidade na compra  de um imóvel usado. Os preços baixos, motivado pela pandemia, aqueceu o mercado e facilitou a compra por parte de pessoas, que no período de incertezas guardaram dinheiro com o intuito de investir na casa própria. A facilidade da posse de imediato dos imóveis após a compra também estimulou o aumento das vendas.

“Os imóveis estão com os valores mais baixo e as pessoas estão vendo a oportunidade de compra devido à baixa dos preços. Tivemos uma grata surpresa porque  a pandemia não afetou o mercado imobiliário em Manaus, muito pelo contrário, deu uma aquecida. Principalmente por conta da possibilidade de visitas no local. Com a pandemia os preços  dos imóveis caíram e o consumidor aproveitou para comprar”, disse.

Análise

Na análise do economista Farid de Mendonça Júnior, morar perto do trabalho traz maior qualidade de vida para o trabalhador e mais economia nos seus gastos diário. Esse fator foi um dos pontos destacados no comportamento do consumidor segundo levantamento do PIM ( Painel do Mercado Imobiliário). “O gasto médio de ida da casa para o trabalho e o retorno fica mais barato e mais rápido.Evidente que esta questão não é tão simples. Afinal, morar perto do trabalho, geralmente nos grandes centros onde gira a maior parte do comércio e dos serviços, tende a ser mais caro”, disse.

“Sendo assim, o trabalhador terá que colocar na equação algumas variáveis. O gasto com habitação, por exemplo, tende a aumentar muito. Mas, se as variáveis transporte (ida e volta para o trabalho) e o bem estar do trabalhador (algo bem subjetivo) pesarem mais no final das contas, então será esta a escolha que o trabalhador deverá fazer”, frisou.

Diagnósticos

O PMI mostra os impactos da pandemia nas quatro etapas que compõem o funil de vendas de imóveis: o acesso aos sites de imobiliárias, visitas concluídas, propostas e o fechamento de transações, em comparativos semanais, mensais, anuais e, também, de acordo com a evolução da pandemia no Brasil. Os panoramas regionais de 13 estados também são apresentados.

A plataforma acompanha o impacto da pandemia no mercado imobiliário por meio de sua base de dados, que atualmente possui mais de 6,3 mil imobiliárias e 38 mil corretores em todo país. Em junho, as outras três etapas de compra de imóveis apresentaram recuperação. Os sites das imobiliárias receberam 1,5 milhão de acessos a mais do que em maio. Também houve aumento no número de visitas presenciais (36%) e propostas realizadas (42%), ante o mês anterior. 

“Vemos que as pessoas que optaram por adiar a procura e compra de imóveis nos últimos meses por causa da pandemia, estão voltando ao mercado por fatores como a queda nos preços e a diminuição da taxa básica de juros no país”, explica o CEO da inGaia, José Eduardo de Andrade Junior.

Futuro

O aumento gradual nos negócios apontados pelo PMI ao longo dos últimos meses, demonstra que o mercado imobiliário nacional caminha para a recuperação financeira também por causa da digitalização e adequação dos serviços que primam pelo distanciamento social. “Estamos assistindo uma mudança de hábitos que é imprescindível para a sobrevivência de grande parte dos negócios do setor. Entendemos que a oferta de serviços diferenciados, com menos burocracia e com segurança, irá impulsionar os profissionais a saírem vitoriosos nessa crise”, destaca o presidente da inGaia, Mickael Malka.

Antonio Parente

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