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Venda direta é aposta do varejo

Em meio à crise da pandemia, o setor de venda direta ganhou ainda mais relevância neste período. O investimento na modalidade ultrapassou o conceito de ganho extra e ele chega para agregar ainda mais o dinamismo das vendas no setor varejista. Segundo a Abevd (Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas), empresas com tradição no varejo  encontraram no formato, a possibilidade de obter números positivos em meio a quedas de vendas e o fechamento, por alguns períodos, de suas lojas físicas, permitindo ao setor crescer 10,5% no primeiro ano da Covid-19. 

Vários cases de sucesso passam a proporcionar aos seus consumidores a opção de canais diversos de compras, diferenciais das empresas que desejam contornar a crise financeira e aumentar suas vendas. Mesmo antes da pandemia impactar a economia nacional, as marcas já vinham inovando com investimento em empreendedorismo, expansão para Venda Direta e comércio digital.

Conforme a Abevd, o cenário pandêmico modificou a maneira de consumir, fazendo com que empresas buscassem alternativas em casos de comércios fechados e restrições de horários, possibilitando que muitos, por exemplo, pudessem criar o hábito de pedir pela internet e receber em casa os mais variados produtos.

Este foi o mesmo caminho adotado pela rede Polishop, que conta com cerca de 270 lojas físicas, e também possui empreendedores independentes para aumentar sua capilaridade e chegar aos mais diversos públicos.

Fazendo parte da rede, a consultora de vendas Afia Santos, explica -mais que um período financeiro complicado, atender os clientes de forma personalizada aumenta e fortalece o atendimento. “Foi um movimento que sensibilizou todo o mercado. E manter esse canal entre a venda e o cliente só confirma que apostar na digitalização é o grande diferencial. E estamos prontos para esse novo momento. Além de fortalecer a marca,  proporcionar credibilidade para quem compra é estimular novas alternativas de comercialização”.

“Com o desemprego em 11,6% e a taxa de informalidade crescendo, sendo 38,6 milhões de trabalhadores informais no país, há muitas pessoas precisando de uma fonte de renda, extra ou não, e esse cenário conversa diretamente com as empresas que querem manter a atividade e a margem de lucro”, destaca a presidente executiva da Abevd, Adriana Colloca. “O sonho de empreender está entre os quatro maiores do brasileiro, e a Venda Direta é um começo seguro, pois o empreendedor trabalha com marcas consolidadas no mercado”, completa.

Ferramentas impulsionaram

Números divulgados pela Abevd indicam que em maio do ano passado houve aumento de  2,3%  no número de representantes de vendas diretas  no Amazonas.

A presidente-executiva da Associação, Adriana Colloca, ressaltou que a venda direta se tornou Social Selling, compra por indicação e relacionamento, sendo uma ótima oportunidade para empreender ou complementar renda, especialmente nesse período financeiro complicado. E a possibilidade de contato com os clientes e o relacionamento e atendimento personalizado pode continuar a ser feito pela internet ou redes sociais. “Aliás, a digitalização foi um dos grandes focos de investimento do setor durante a pandemia e tornou-se uma grande ferramenta para que os empreendedores possam continuar vendendo e gerando renda mesmo durante o isolamento”. 

Ela reforça que a característica importante do setor é investir cada vez mais na digitalização, onde a divulgação, escolha e compra do produto, pode ser feita de forma pessoal ou online, por meio de uma rede de relacionamento via redes sociais, que se conclui com a entrega do produto na casa do cliente, sem a necessidade de encontro físico. A entidade  representa empresas do setor como Natura, Avon, Herbalife, Mary Kay, Tupperware, entre outras.

Outras marcas

Outros casos que exemplificam o movimento das empresas no sentido da inovação, são os canais Parceiro Magalu e Minha C&A, que possibilitam que pessoas com vontade de empreender, abram lojas virtuais para vender seus produtos e recebam uma comissão. A Magazine Luiza e a C&A são responsáveis pelo produto, cobrança, entrega e pós-venda, e o empreendedor fica responsável pela divulgação –permitindo a criação de um relacionamento com sua clientela –e comercialização.

Fred Novaes

É jornalista
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