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Venda de motos supera a de carros no AM

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Em 2011, as motocicletas foram a melhor opção para o amazonense. Prova disso é o emplacamento de motos, que segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos de Veículos Automotores) superou a venda de carros no Amazonas. Representando 39,67% do total de veículos vendidos no Estado, as concessionárias do setor de duas rodas comemoraram colocando nas ruas 25.647 unidades, 14,18% a mais do que em 2010 (22.461 motos).
Só em dezembro, foram 3.227 motos saindo das lojas, crescimento de 19,96% em comparação ao mesmo período do ano anterior e de 61,51% sobre o desempenho de novembro quando apenas 1.998 motos foram vendidas.
“Dezembro foi o melhor mês do ano para nós, junto com setembro e novembro. A média de vendas que é de 30 motos passou para 50 nesses meses, com preço médio variando entre R$ 7mil e R$ 30 mil”, conta o gerente da TV Lar Motos, Luiz Santos. Além da facilidade de transporte e da economia com o combustível, o gerente apontou o prazo do financiamento como o grande fator de crescimento.
“Além disso, tivemos a invasão de outras marcas no mercado, fora as tradicionais Yamaha e Honda. Marcas como Sundown, Kasinski e Dafra já começam a ter representação no mercado e dão às pessoas das chamadas classes C e D que nunca haviam pensado em possuir uma moto, a oportunidade da compra”, acrescentou.
Ele estima que apenas nas concessionárias da Yamaha em Manaus, 400 motos tenham sido emplacadas em dezembro. Enquanto isso, a venda de automóveis caiu 8% em um ano. Foram 25.152 carros vendidos contra os 27.338 do ano anterior. A participação nas vendas de veículos no estado recuou de 43,03% em 2010 para 38,90% em 2011.
No último mês do ano, o emplacamento de 2.302 carros foi 21,54% menor que a quantidade do mesmo período de 2010 (2.934). O único incremento foi observa em relação a novembro (2.109) com acréscimo de 9,15%.
“Houve uma queda significativa em 2011. Esperávamos muito mais de dezembro, por exemplo, mas o resultado não veio. Apesar de fazermos as todas as promoções não houve nenhum crescimento nas vendas do Natal”, queixou-se o gerente comercial da Montanna veículos, João Batista.
Na análise do gerente comercial, a limitação de crédito foi o item de maior influencia no resultado das vendas. O vice-presidente da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas), Aderson Frota, concorda.
“Para conter a inflação, além de o governo ter aumentado a Selic (taxa básica de juros), tomou medidas como diminuir o prazo de financiamento. No caso dos veículos, passou de 60 para 48 meses. A aquisição de automóveis depende diretamente da facilidade de crédito. Quanto menor quantidade de parcelas, maior o valor da cada uma, o que dificulta para o interessado adquirir o carro”, explicou.
De acordo com o levantamento da Fenabrave, essa é a terceira vez, na série histórica que teve início em 2001, que a venda de motocicletas supera a de carros. O primeiro caso ocorreu em 2004, quando 11.993 motos foram vendidas contra 11.756 automóveis e o segundo no ano seguinte com 12.127 emplacamentos de motos contra 11.962 de carros.
Ainda segundo os dados da federação, nos últimos dez anos, a número de emplacamento de motocicletas saltou de 6.528 para os números atuais, um crescimento de 292,87%.

Outros veículos

Apesar do resultado de dezembro ter sido 11,30% superior ao de novembro, a soma dos automóveis com os chamados comerciais leves, também não obteve bons resultados. Em dezembro, a venda de 3.506 veículos emplacados foi 14,48% menor em comparação a de dezembro de 2010. Também na comparação entre os acumulados a queda foi de 7,16%.
Embora tenha tido a menor participação percentual nas vendas totais, apenas 4,35%, o segmento de caminhões e ônibus foi o que obteve a melhor performance em 2011. Em dezembro, 458 unidades foram comercializadas, crescimento de 136,08% sobre novembro e de 29,38% sobre dezembro de 2010. No acumulado do ano, foram 2.815 veículos emplacados, 35,34% a mais do que os emplacamentos de 2010.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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