Pesquisar
Close this search box.

Vazante do rio Madeira preocupa o setor de navegação

O segmento de navegação também demonstra preocupação com os efeitos da vazante que compreendem o Rio Madeira. Conforme o Sindarma (Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Amazonas) o período é considerado de grande dificuldade  e tem impactado no aumento do percurso da viagem,  assim como elevado o custo na navegação.

“Nessa época do ano o Rio Madeira como em outros rios do país se encontram com a sua lâmina de água baixa e abaixo do esperado. Além de várias dificuldades também, aumenta a preocupação com o aumento de risco de sinistros devido às passagens de pedras paus e bancos de areia ao longo do percurso. O trecho de maior dificuldade para a navegação, fica entre Manicoré e Porto Velho,  extensão do Rio Madeira”, afirma o diretor do Sindarma, Madson Mady. 

Caso a situação persista, ele não descarta a possibilidade de aumento no preço dos insumos, além de grande impacto para vários setores. “O prejuízo maior seria a suspensão da navegação total da navegação, ou seja, um prejuízo gigantesco para todos os segmentos Soja cargas em geral, gêneros alimentícios,até mesmo o fornecimento de energia gerados por térmicas fica comprometido”. 

De acordo com o representante do setor, houve uma redução da capacidade de cargas transportadas de 40%, e ainda aumento no percurso que antes era feito em um dia, aumentou para três. 

Há ainda um componente ainda maior que a vazante, o aumento no preço do diesel que tem aumentado sistematicamente. No mesmo período do ano passado o valor do litro combustível girava em torno de R$2,60. Este ano, o diesel chega a R$ 4. O produto  representa 40% do custo do transporte por navegação. Esse aumento deve ainda refletir na oneração também no preço do frete e das mercadorias muito maior que o impacto da vazante do rio. 

Varejo

Na semana passada o Jornal do Commercio, publicou que o fator  vazante preocupa o varejo local. O setor ventila a possível dificuldade da chegada de barcos e contêineres  devido a profundidade do leito do rio, o que reflete no  aumento de preços nas mercadorias. Registros nas réguas da  ANA (Agência Nacional de Águas)  indicam redução no calado operacional dos navios que transitam pelo rio Amazonas nos principais portos de Manaus. 

Uma nota da empresa Aliança Navegação e Logistica Ltda desenhava bem o cenário. Com a diminuição na profundidade do leito do rio acarreta a redução da capacidade  de cargas dos navios, consequentemente desequilíbrio econômico- financeiro ao serviço regular de Cabotagem de/para Manaus.

Visando a recuperação desse desequilíbrio e a manutenção da regularidade, a empresa implantará uma taxa temporária de R$ 1025 por container de 20 pés e R$ 2050 por container de 40 pés para embarques com origem ou destino Manaus. 

A previsão é que a taxa seja cobrada nos embarques a partir do dia 11 de outubro (data do navio no porto de embarque), podendo ser antecipada ou postergada, de acordo com a evolução do índice da vazante. 

O comunicado da empresa preocupa o segmento varejista, ainda mais com a proximidade das datas sazonais tidas como  referências lucrativas  para o aquecimento das vendas no comércio.

Por dentro

O trecho de maior dificuldade para a navegação, neste período, fica entre Manicoré e Porto Velho (RO), extensão do Rio Madeira.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar