Pesquisar
Close this search box.

Varejo virtual atrai setor de moda

Mercado ainda pouco explorado no país, o segmento de moda fashion tem atraído empresas do comércio eletrônico (e-commerce), que já comemoram vendas expressivas, na casa dos milhões. Um desses casos é o da empresa OQVestir, voltada para as classes A e B, e que comercializa 180 marcas, entre elas peças das grifes Le Lis Blanc, Schutz, Animale e Farm. A marca, em 2013, teve um aumento de 100% em seu faturamento e, para 2015, a previsão é alcançar R$ 100 milhões, por acreditar na demanda em ascensão. Nos próximos anos, a CEO e cofundadora da OQVestir, Isabel Humberg, espera dobrar o resultado nas vendas online.
Entrar em um ramo como o de venda de roupas da moda para um público mais exigente foi a escolha acertada, aponta ela: “Essa é uma categoria pouco explorada, já que as grandes marcas internacionais estão concentradas principalmente na região Sudeste do país”, disse.
Conforme Isabel, a empresa só comercializa coleções atuais e aposta na sofisticação e praticidade para conquistar o consumidor.
“Antigamente, as pessoas não tinham a cultura da compra on-line, pois existia a necessidade de tocar o produto. Contudo, vendemos para a nossa consumidora a experiência da compra e agilidade na hora da entrega. Estamos pensando na mulher atual, que trabalha e tem uma vida muito agitada”, comentou a CEO.
Atenta a oportunidades no mercado para alavancar o crescimento, a empresa investe nas regiões onde as marcas não estão presentes. “Com as vendas no site conseguimos chegar a cidades muito pequenas, onde muitas vezes não existe sequer um shopping. Essa é uma porta de entrada muito acertada”, informou ela. Sobre os preços, Isabel garante que, apesar de o foco ser o público A e B, há produtos atrativos para todos os perfis. “A consumidora que entrar no site irá encontrar desde uma blusinha simples por R$ 19 até uma peça de seda mais sofisticada, que pode chegar a custar R$ 4.000”.
Para Isabel, crescer de forma orgânica e levando um serviço diferenciado ao consumidor estão entre os principais desafios da marca.
“O nosso SAC tem um diferencial em que a cada 14 dias somos avaliados e recebemos um selo que garante nossa qualidade. Já o sistema de trocas também é muito eficiente, retiramos o produto na casa da cliente e posteriormente ela pode optar por uma peça nova de qualquer outra marca. Caso a consumidora não queira outra peça, estornamos o valor pago”, garantiu.
Criada em 2009, a OQVestir surgiu a partir da necessidade de consumo online de uma das sócias da empresa. “Começamos em uma sala de 80 metros quadrados com cinco funcionárias. Hoje temos um galpão, com 130 funcionários,” contou.
Outra concorrente no varejo de luxo virtual é a Shop2gether, empresa do segmento que também tem se destacado. Nova no mercado, pois surgiu em 2012, a marca está bastante otimista e espera faturar pelo menos R$ 40 milhões ao longo deste ano.
Voltada inicialmente para atender com exclusividade a classe A, a empresa resolveu diversificar e agora está de olho no potencial de compra das classes B e C, como contou o CEO da S2G, gestora da marca, Eduardo Kyrillos. “Vamos manter o foco no mercado premium na unidade Shop2gether, mas também iremos ampliar as linhas de produtos. No curto prazo a ideia é investir também no mercado masculino”.
Para o CEO, os homens estão consumindo mais e isso demanda atenção. “Em volume de compras, as mulheres ainda são maioria, porém o masculino agora é uma grande tendência”, comentou o CEO.
Já na unidade de prestação de serviços de consultoria de moda, o objetivo é ampliar a atuação com foco nas classes B e C. Esse mercado de moda e comportamento inclui ainda o segmento de saúde e beleza”, disse Kyrillos.
Segundo o executivo, a empresa decidiu entrar no mercado de vendas online por conta das altas taxas de crescimento da categoria.
“Entramos no mercado de luxo por acreditar que era possível oferecer mais qualidade, já que existe um alto grau de exigência”, afirma ele. Ao que completa: “A Shop2gether oferece comodidade, praticidade e informação de moda e comportamento para os consumidores”.
Sem pretensões de abrir uma loja física da marca por enquanto, o executivo ressalta que o mercado exige cautela, pois já existe uma competição acirrada no segmento virtual. “Temos muitos concorrentes, apesar de o mercado ainda ser pequeno. Mas como há demanda, isso torna a competição por market share acirrada.”
Com 80 marcas em seu portfólio, como Cris Barros e John John, a empresa comercializa os itens sem descontos. “O nosso diferencial são as formas de pagamentos, que ficam facilitadas na plataforma online”, ressaltou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar