Apesar da alta do endividamento familiar no país –64,1% em junho contra 54% no mesmo mês de 2010– e da inadimplência –8,4% contra 7,8%– apontados pela CNC (Confederação Nacional do Comércio), representantes do varejo do Amazonas mantêm a confiança.
De acordo com o vice-presidente da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas), Aderson Frota, apesar dos números nacionais, o cenário estadual é menos pessimista. “A alta dos juros ‘sangrou’ o orçamento familiar e isso está se tornando perceptível agora. Ainda assim, o comércio continua aproveitando as datas comemorativas para movimentar a economia”, explicou, garantindo que o comércio está entrando na sua melhor fase.
O otimismo é baseado nos resultados da Pesquisa de Intenção de Compra e do Índice de Confiança do Consumidor, divulgados pela entidade em junho. Para 42,7% dos entrevistados, a situação financeira da família melhorou no Amazonas e, apesar dos níveis baixos, o consumidor manteve estáveis suas intenções de compra para bens de consumo.
Para o conselheiro do Corecon/AM (Conselho Regional de Economia do Estado do Amazonas), Júnior Mourão, o endividamento do consumidor é efeito das medidas macroprudenciais do governo federal.
Segundo ele, as medidas recaíram inicialmente sobre a indústria. “Quando os juros aumentaram, o consumidor diminuiu as compras e a indústria passou a produzir menos pela diminuição da demanda. Acontece que antes desse momento o consumidor já havia se endividado e com os juros altos, apenas agora ele começa a ver o resultado nas faturas de cartão de crédito, por exemplo”, finalizou.
Varejo otimista, apesar do endividamento do consumidor
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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