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Varejo – Lojistas preparam “saldão” de janeiro

Os lojistas de Manaus já se preparam para o tra­di­cional período de li­quidação de janeiro. As ofertas ainda estão tímidas nas prateleiras das lojas, mas até o fim da primeira quinzena deste mês os preços mais baixos deverão se intensificar. De acordo com a FCDL-AM (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas) um dos motivos para que a liquidação fique mais intensa é a saída dos clientes de Manaus para outras cidades devido ao período de férias.
“As liquidações começaram desde o Natal. Como muita gente nessa época viaja, as liquidações acabam sendo uma forma de manter as vendas aquecidas. No ano passado, tivemos um crescimento de 9% nas vendas em comparação com 2010”, afirmou o presidente da FCDL-AM, Ralph Assayag.
Na rede de lojas de roupa Du Lima, Centro da Moda e Turma da Moda a liquidação começou dia 26 de dezembro, porém apenas alguns produtos entraram na oferta. Segundo o proprietário do estabelecimento, Fernando Lima, mais produtos ainda poderão entrar no saldão de janeiro. Ele explica que não é possível dar um desconto além do que é indicado na etiqueta, mas o cliente poderá barganhar um preço mais em conta para aqueles produtos que não entraram na liquidação.
Pagamento à vista é uma forte arma do consumidor para garantir um desconto na hora de fechar a compra. Mas há casos em que algumas lojas não oferecem o esperado bota fora, porém acabam usando outras ferramentas como forma de atrair o consumidor. Na rede de lojas Ramsons, por exemplo, não haverá liquidação e sim promoções em cima de determinados produtos com um parcelamento diferenciado. “Nós não trabalhamos com o queima de estoque, como é o caso das liquidações. Temos ao longo do ano várias promoções, que nessa época acabam se intensificando. A nossa estratégia de vendas para janeiro é oferecer smartphones e notebooks com um preço mais baixo. Eles são nosso carro-chefe para este mês”, explicou o gestor de novos negócios da empresa, Marcelo Salum.

Temporários

Em relação à mão-de-obra que foi contratada devido ao maior fluxo de vendas no comércio, ainda não há previsão de quantas pessoas serão efetivadas pelos lojistas. Assayag disse que até o fim dessa semana os empresários do setor terão os números já definidos. Apesar de não haver estatísticas oficiais, o presidente da Fecomércio-AM (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas), José Roberto Tadros, acredita que 5% do número total de temporários deva ser efetivada pelos comerciantes até o fim do mês.
O empresário do ramo de calçados, Antônio Lopes, diz que já começou na segunda a definir quem será contratado. De acordo com ele, só no período foram empregados 51 vendedores temporários para as quatro lojas que possui. A previsão é que desse número, 11 sejam efetivados. “Normalmente, tenho no quadro dez vendedores na loja. Nesse fim de ano coloquei 20. Alguns foram dispensados por causa do término de contrato e outros continuam para cobrir as férias dos efetivos”, finalizou.
Dados da Asserttem (Associação Brasileira de Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário) mostram que no Brasil a média de contratações temporárias ficou em 147 mil empregos em dezembro. Esse número representa 5% a mais do que no mesmo período do ano passado.Porém os contratos com chance de efetivação tiveram uma queda de 9%, passando a 20% em todo território nacional, devido à desaceleração econômica, que é a principal causa da redução da expectativa de efetivação dos contratos de trabalho temporário. A região Sudeste ofereceu aproximadamente 75 mil vagas temporárias. Em seguida vem a região Nordeste com 28.739. Em terceiro com 26.460 é a região Sul. A regiões Centro-oeste e Norte ficaram, respectivamente, com 9.379 e 7.071.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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